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2 de jan. de 2010

Esquerda evangélica quer unificação de evangélicos do Brasil

Esquerda evangélica quer unificação de evangélicos do Brasil

Julio Severo

Aí vamos nós de novo. Com a aproximação da eleição presidencial de 2010, os evangélicos marxistas — que detestam ficar de fora das eleições — ressurgem. Como sempre, com as propostas mais elegantes e enfeitadas para unir os evangélicos.

De acordo com a revista Ultimato, umas das mais antigas publicações evangélicas esquerdistas do Brasil, “no dia 14 de dezembro, cerca de 90 líderes de diversos movimentos, associações, organizações e redes evangélicas reuniram-se na Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo, SP. Na pauta estava a proposta de formação de uma aliança que agregue organizações, movimentos, denominações e redes evangélicas no Brasil”.

A igreja do encontro é dirigida por Ed René Kiviz, considerado por Ariovaldo Ramos um dos principais desbravadores socialistas evangélicos do Brasil. Aliás, ao citar sua própria participação na comemoração dos 25 anos de MST, Ramos também mencionou outros socialistas evangélicos importantes: Geter Borges, Robinson Cavalcanti, Caio Fábio, Marina Silva, Valdir Steuernagel e tantos outros.

O “espírito” do evento pode ser percebido vendo-se o autor da carta-convite: Valdir Steuernagel, durante anos articulista da revista Ultimato.
Esse “espírito” pode também ser percebido vendo-se os autores das principais palavras da reunião: Ed René Kivitz e Paul Freston.

Kivitz dirigiu a primeira palavra, lembrando aos pastores presentes: “Precisamos de uma rede que se articule para chamar a igreja para o serviço. E não para representatividade. Não é para trabalharmos ‘por nós’, mas sim mobilizarmos as igrejas para esta bem-aventurança [compaixão e solidariedade]”.

No entanto, não se sabe se ele se lembrou de mencionar aos pastores suas ligações pessoais com a ideologia marxista, conforme está exposto neste artigo: http://juliosevero.blogspot.com/2009/06/evangelicos-progressistas-evangelicais.html
Freston, que deu a segunda palavra, já foi militante do PT e também tem ligações com a Ultimato, sendo autor de matérias de capa nela.

E, como não poderia deixar de ser, lá estava também o bispo anglicano Dom Robinson Cavalcanti, igualmente ligado à revista Ultimato, ex-militante do PT e um dos fundadores do Movimento Evangélico Progressista (MEP), que trabalhou intensamente pela eleição de Lula em anos passados. Ele também deu sua palavra.

Por algum motivo que desconheço, a matéria da Ultimato não mencionou a presença no evento de outro evangélico progressista também ligado a Ultimato: Ricardo Gondim. Será que Steuernagel se esqueceu de mandar uma carta-convite para seu irmão-kamarada? Pobre Gondim! Deve ser terrivelmente deprimente ficar de fora de uma genuína trama marxista com disfarce evangélico.

Ultimato, porém, faz questão de citar a participação de Silas Tostes, presidente da AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras) e Débora Fahur, da RENAS (Rede Evangélica Nacional de Ação Social). Inocentes úteis?

Houve a participação de muitos pastores e líderes que, sabendo ou não, estavam ali sendo direcionados por um time majoritariamente da Ultimato para a formação de algo que ninguém “sabe” o que é ou o que será.

O resultado final do encontro produziu uma “Carta de Princípios” — ao que tudo indica, a fim de incitar a algum tipo de aliança evangélica diante das eleições de 2010. O nome ainda não está definido, pois o objetivo primordial agora é atrair mais líderes para a visão dessa “aliança”.

Talvez não seja difícil, principalmente porque eles têm sempre uma grande mídia evangélica marxista a seu lado, financiada muitas vezes por recursos de origem duvidosa. Além disso, com muitos discursos de flores e rosas, pode ser possível vencer qualquer resistência e suspeita.
O que me preocupa é o que virá no final, depois de todas as melosidades iniciais.

Valdir Steuernagel admitiu que ainda será preciso caminhar um pouco mais quanto à fundação da aliança. “Fica definido que a próxima reunião ainda não será a assembleia fundadora.
Reconhecemos a necessidade de continuarmos conversando e de aglutinar mais pessoas em torno da proposta”, concluiu Valdir, conforme matéria da Ultimato, que finalizou deixando claro: “A Editora Ultimato, que tem apoiado o Grupo de Trabalho, estava presente à reunião”.

Totalmente presente!
É preciso dizer mais?

Fonte: http://www.juliosevero.com/

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