LIÇÕES BÍBLICAS 4º TRIMESTRE 2012
Tema: "OS DOZE PROFETAS MENORES"
" Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de Cristo "
Lição 8 - NAUM - O LIMITE DA TOLERÂNCIA DIVINA
INTRODUÇÃO
- Nínive já tinha sido advertida com a pregação de Jonas (Lição 6), pregação pela qual o povo abandonou seus maus caminhos para servir ao Senhor Jeová. Entretanto, 150 anos depois, Nínive, semelhante ao Cão que volta ao seu próprio vômito, retornou à idolatria, violância e arrogância (Naum 3:1-4). Agora, nos parece, que Deus ainda quer dar aos Ninivitas outra oportunidade de arrependimento demonstranto que os mesmos estariam chegando no limite divino, e, para anunciar o julgamento sobre esse povo , Deus enviou o profeta Naum. É o que vamos estudar no livro que o seu nome.
I – ESBOÇO DO LIVRO DO PROFETA NAUM
1 - Título.
O veredicto de Deus 1.1-15
2 - O zelo de Deus 1.2-6
A bondade de Deus 1.7
O julgamento de Nínive 1.8-14
A alegria de Judá 1.15
A vingança de Deus 2.1-13
A destruição de Nínive 2.1-12
A declaração do Senhor 2.13
3 - A vitória de Deus 3.1-19
Os pecados de Nínive 3.1-4
O cerco de Nínive 3.5-18
A celebração sobre Nínive 3.19
II – A ORGANIZAÇÃO DO LIVRO
1 – Autoria
- A autoria do livro é atribuída ao próprio profeta. Naum, cujo nome significa “confortador” ou “cheio de conforto”, é desconhecido, a não ser pelo breve título que inicia sua profecia. Sua identificação como um “elcosita” não ajuda muito, visto que a localização de Elcose é incerta. Carfanaum, uma cidade da Galiléia, tão proeminente no ministério de Jesus, significa “Aldeia de Naum”, e alguns têm especulado mas, sem prova concreta, que seu nome deriva do profeta. Ele profetizou a Judá durante os reinados de Manassés, Amom e Josias. Seus contemporâneos foram Sofonias, Habacuque e Jeremias.
2 - Data
- Em Na 3.8-10, o profeta narra o destino da cidade egípcia de Tebes, que foi destruída em 663 aC. A queda de Nínive, ao redor da qual todo o livro gira, aconteceu em 612 aC. A profecia de Naum deve ser datada entre esses dois acontecimento, visto que ele olha para trás para um e à frente para outro. É mais provável que sua mensagem tenha sido entregue pouco antes da destruição de Nínive, talvez quando os inimigos da Assíria estavam colocando suas forças em ordem de batalha para o ataque final.
3 - Contexto Histórico
- O reino dos assírios, havia sido uma nação próspera durante séculos, quando o profeta Naum entrou em cena. Seu território, se mudou com o passar dos anos por causa das conquistas e derrotas dos seus governantes, localiza-se ao norte da Babilônia, entre e além dos rios Tigre e Eufrates. Documentos antigos atestam a crueldade dos assírios contra outras nações. Os reis assírios vangloriam-se de sua brutalidade, celebrando o abuso e a tortura que eles impuseram sobre os povos conquistados.
A queda do império Assírio, cujo clímax foi a destruição da cidade de Nínive, em 612 aC, é o assunto da profecia de Naum. O juízo que cai sobre o grande opressor do mundo é o único motivo para o pronunciamento de Naum. Conseqüêntemente, o profeta é judicial em seu estilo, incorporando antigos “oráculos de julgamento”. A linguagem é poética, vigorosa e figurada, sublinhando a intensidade do tema com o qual Naum luta.
4 - Conteúdo
- O livro de Naum focaliza-se num único interesse: a queda da cidade de Nínive. Três seções principais, correspondentes aos três capítulos, abrangem a profecia. A primeira descreve o grande poder de Deus e como aquele poder opera na forma de proteção pra o justo, mas de julgamento para o ímpio. Embora Deus nunca seja rápido em julgar, sua paciência não pode ser admitida sempre. Toda a Terra está sob o seu controle; e, quando ele aparece em poder, até mesmo a natureza treme diante dele (1.1-8). Na sua condição de miséria e aflição (1.12), Judá podia facilmente duvidar da bondade de Deus e até mesmo questionar os inimigos de seu povo (1.13-15) e remover a ameaça de uma nova angústia (1.9). A predição do juízo sobre Nínive forma uma mensagem de consolação para Judá (1.15)
A segunda seção principal, descreve a ida da destruição para Nínive (2.1-3). Tentativas de defender a cidade contra seus atacantes serão em vão, porque o Senhor já decretou a queda de Nínive e a ascensão de Judá (2.1-7). As portas do rio se abrirão, inundando a cidade e varrendo todos os poderosos, e o palácio se derreterá (2.6). O povo de Nínive será levado cativo (2.7); outros fugirão com terror (2.8). Os tesouros preciosos serão saqueados (2.9); toda a força e autoconfiança se consumirão (2.10). O covil do leão poderoso será desolado, porque “Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos exércitos” (2.11-13). O terceiro capítulo forma a seção final do livro. O julgamento de Deus parece excessivamente cruel, mas ele é justificado em sua condenação. Nínive era uma “cidade ensangüentada” (3.1), uma cidade culpada por espalhar o sangue inocente de outras pessoas. Ele era uma cidade conhecida pela mentira, falsidade rapina e devassidão (3.1,4). Tal vício era uma ofensa a Deus; portanto, seu veredicto de julgamento era inevitável (3.2-3, 5-7). Semelhante a Nô-Amom, uma cidade egípcia que sofreu queda, apesar de numerosos aliados e fortes defesas. Nínive não pode escapar do julgamento divino (3.14-15). Tropas se espalharão, os líderes sucumbirão e o povo se derramará pelos montes (3.16-18). O julgamento de Deus sobreveio, e os povos que a Assíria fez outrora vítimas tão impiedosamente baatem palmas e celebram em resposta às boas-novas (3.19).
OBS:Nínive era bem protegida. A cidade media 48 km de extensão por 16 de largura, sendo protegida por cinco muralhas e três fossos. A chamada "Nínive interior", que era a capital propriamente dita, media quase 5 km de largura por 2,5 de largura, protegida por muralhas de 30 metros de altura, o equivalente a um prédio de nove andares, hoje. Podemos ter uma idéia da grandeza da cidade com esta observação de Baxter:Os muros tinham 30,5 m de altura, eram tão largos que três carros podiam andar lado a lado sobre eles. Essas paredes eram fortificadas com 1.500 torres, cada um com 61 metros de altura. Com base num levantamento trigonométrico, a área total foi calculada em 900 km quadrados - comparável à da moderna Londres!
5 - O Espírito Santo em Ação
- Nenhuma referência especifica acerca do ES ocorre no Livro de Naum. Todavia, a obra do Espírito na produção da profecia e na direção dos acontecimentos descritos no livro deve ser admitida.
- O cabeçalho do livro descreve-o como “visão de Naum “ (1.1). O ES funciona aqui como o Revelador, Aquele que abre pra Naum o drama que revela diante e comunica a mensagem do Senhor que ele está encarregado deentregar.
- O ES também deve funcionar como o Grande Instigador na queda de Nínive. Os inimigos, dentre eles os filhos da Babilônia, os medos e os citas, juntam suas forças contra os assírios e saqueiam a cidade. Deus usa agentes humanos para executar seu julgamento, mas atrás disso tudo está a obra do seu Espírito, instigando, impelindo e punido de acordo com a vontade de Deus. Pela obra do Espírito, o Senhor convocou suas tropas e as levou para a batalha vitoriosa.
CONCLUSÃO
- Acabamos de ver, mais uma vez, que Deus é tardio em irar-se, porém, demonstra aqui para os Ninivitas a sua paciência. Só é bom lembrarmos que Deus não deixa se escarnecer. É certo que todas as vezes que um indivíduo ou uma família, Nação, País e etc., se distanciar dele para o pecado, Ele avança com o julgamento.
- Para isto, basta vermos o exemplo do Estados Unidos que há quase 220 anos atrás foram formados como uma nação guiada por princípios encontrados na bíblia. Já nos últimos 50 anos houve uma mudança e agora se dirigem diariamente na direção oposta seguida de grandes castótrofes e outras coisas a mais. Portanto, que o Senhor nos ajude a guardamos os princípios bíblicos para que a nossa esperança apareça cada vez mais. ALELUIA!
Bibliografia
- Bíblia Plenitude (ARC)
- Dicionário Oline
- Apontamentos Teológicos do Autor
Pr. Josafá Batista Soares - Presidente do Campo da Assembléia de Deus na cidade de Ibotirama-Ba. Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior, Bacharel em Teologia Convalidado pelo MEC, Membro do CEECRE (Conselho Estadual de Educação e Cultura Religiosa), Diretor da ESTEADI (Escola Teológica da Assembléia de Deus em Ibotirama, Conferencista, Seminaristas, Escritor e fundador dos Congressos EBD no Campo de Camaçari-Ba.
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