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23 de jun. de 2008

O maior de todos os ladrões

O maior de todos os ladrões
Diante da Lei suprema, que transcende todas as constituições e leis humanas, roubo é roubo, seja praticado por um homem simples, pelo presidente de uma nação ou pelo próprio Estado


Julio Severo


Ladrão comum: “Assalto! Entregue-me o seu dinheiro! Quero dar saúde, educação e aposentadoria para mim mesmo. Por isso, exijo seu dinheiro, mesmo correndo o risco de ir para a cadeia!”


Ladrão privilegiado: “Entregue-me seu dinheiro! Quero dar saúde, educação e aposentadoria para você. Por isso, exijo seu dinheiro. Se não me entregar, você corre o risco de ir para a cadeia!”


O ladrão comum rouba com a força de uma arma.


O ladrão privilegiado ameaça com a força da lei. Como não poderia deixar de ser, ele é o próprio Estado, incomparavelmente superior a todos os ladrões juntos.


Qual a diferença entre os dois criminosos? O primeiro é sincero, e o segundo é enganador.


Quando um assaltante comum quer roubar um cidadão, ele tem de quebrar a lei. Mas o Estado ladrão é tão privilegiado que, além de modificar a lei para não ser visto como ladrão ao tirar dinheiro das vítimas, ainda consegue inverter totalmente os papéis, classificando legalmente como ladrão o cidadão que não quiser lhe entregar o dinheiro! E, diferente de todos os outros ladrões, ele não assalta apenas uma, duas ou cem pessoas: ele rouba literalmente todos os cidadãos.


A armadilha da previdência
Na questão da previdência, quem por muitos anos trabalhou, se sacrificou e pagou para o governo hoje se vê espremido e oprimido pelas sucessivas mutilações que o tubarão estatal faz na aposentadoria dos idosos. No sistema de Deus, que funcionou durante milhares de anos, o homem constituía família com sua esposa, investia nos filhos e mais tarde seu sustento na velhice ficava sob a responsabilidade dos próprios filhos. A prioridade absoluta era investir na própria família, não no governo.


Hoje o tubarão estatal remove do cidadão a opção de seguir o plano de Deus para a família sustentar os pais idosos e exige que todos paguem para a previdência social — porque o governo tem extrema necessidade desses recursos para seus suspeitos gastos e investimentos. Pode-se dizer suspeito porque quando o governo investe em iniciativas como educação sexual pornográfica e doutrinação socialista nas escolas, o programa Brasil Sem Homofobia e programas de aborto na rede pública de saúde, o dinheiro dos cidadãos está sendo roubado e usado para uma finalidade que a maioria da população não aprovaria se fosse consultada. Sem mencionar que os rombos na previdência são notórios.


O aposentado de hoje recebe muito menos do que lhe foi prometido pela previdência. O aposentado de amanhã sofrerá desapontamentos maiores. Esses desapontamentos são inevitáveis, pois a própria ONU vem avisando que nos próximos anos até mesmo os países ricos terão dificuldades de pagar aposentadorias. O que então dizer de um país menos desenvolvido como o Brasil?


A previdência social é uma invenção recente no Brasil, com menos de um século, porém sem chance de completar cem anos de forma sóbria e sem nenhuma chance de chegar aos duzentos anos. A “previdência” natural, com seus milênios de existência, prevalecerá sobre a novidade estatal. Os próprios países ricos serão testemunhas da extinção da previdência social, onde uma população materialista e presunçosa ficará sem o sustento estatal e com pouquíssimos ou nenhum filho para lhes servirem de socorro e apoio na velhice, culminando na imposição de leis de eutanásia. As políticas e cultura de controle de natalidade garantem não só um futuro sem filhos para os idosos, mas também menos trabalhadores futuros para investir na economia do país e na aposentadoria dos futuros idosos.


O Estado sabe que o futuro da previdência é sombrio e duvidoso, porém continua obrigando os cidadãos a investir na previdência, em vez de deixá-los investir em suas próprias famílias. E continua alimentando seus próprios bolsos, despojando dos trabalhares mediante pagamento forçado da previdência, deixando as pobres vítimas com o sonho de um futuro amparado pelo Estado — um sonho cada vez menos realizável.


Um governo honesto diria aos cidadãos: “Povo brasileiro, as próprias nações européias, o Japão, o Canadá e os EUA já estão começando a enfrentar pressões e crise na previdência social. O sistema de aposentadoria vai falir no mundo inteiro. A ONU sabe disso. A elite política em todos os país avançados sabe disso. Portanto, se quiser cuidar do seu futuro sustento, cuide hoje de sua família. Invista nos seus filhos. Aliás, cada família deveria ter mais filhos para que mais tarde os pais idosos possam receber dos filhos todo apoio. O Estado não mais cobrará impostos previdenciários, para que você fique com esse dinheiro para investir no bem-estar de sua própria família. Seus próprios filhos, não o Estado, são o seu futuro”.


Muitas pessoas estão começando a questionar o ato de confiar o próprio sustento futuro nas mãos do Estado. Nos Estados Unidos, Deus já está despertando profeticamente famílias evangélicas a voltarem para o padrão bíblico de vida e família. Muitos estão tendo famílias grandes — que sempre são uma bênção diante de Deus —, educando os filhos no sistema de educação escolar em casa e entregando seu sustento futuro a Deus. O dinheiro que pagariam à previdência eles investem no bem-estar dos filhos.


Entretanto, no Brasil o trabalhador cristão tem menos opções: ele tem de sustentar sua família e do pouco que ganha boa parte é abocanhada pelo tubarão estatal para supostamente financiar os já conhecidos serviços precários de saúde, educação e previdência.


Frente Parlamentar Evangélica: oportunidade perdida
O pior é quando os líderes do povo de Deus se acomodam e perdem a capacidade de reagir à ganância estatal. Na manhã de 17 de setembro de 2007, Alexandre Padilha, representante do governo Lula, teve oportunidade de apresentar as justificativas do governo para os muitos e elevados impostos no Brasil. Sua defesa da gula estatal é perfeitamente normal. Contudo, as justificativas não foram apresentadas num lugar qualquer. Foram feitas no Seminário sobre Políticas Públicas, realizado pela Frente Parlamentar Evangélica, no Auditório Petrônio Portela do Senado Federal.


Em nenhum momento os líderes evangélicos sentados à mesa com o representante do governo contestaram suas injustificáveis “justificativas” do Estado assistencialista e seus impostos elevados, e a audiência evangélica teve de ouvir bovinamente que o governo age assim a fim de dar melhor assistência a todos os brasileiros. O representante também enumerou, durante longo tempo, as muitas políticas públicas e programas sociais sustentados pelos muitos impostos que somos forçados a pagar. Mas, estranhamente, não houve menção nenhuma ao fato de que nossos impostos também sustentam o programa Brasil Sem Homofobia e muitos outros programas governamentais infames.


A Frente Parlamentar Evangélica perdeu uma oportunidade profética de confronto necessário diante de uma defesa vergonhosa de roubos em grande escala. Aliás, quando o assunto é roubo, nenhum assaltante tira mais do cidadão brasileiro do que o próprio Estado.


O representante do governo Lula merecia ter sido esclarecido pelas verdades da Palavra de Deus, se os membros da Frente Parlamentar Evangélica sentados à mesa com ele tivessem aberto a boca contra a injustiça óbvia dos impostos altos e de programas como o Brasil Sem Homofobia. Mas não abriram. De que adianta então pregarem e brilharem tão bem em suas igrejas se não agem de forma semelhante dentro da escuridão do Congresso Nacional? Para que agir em amizade quando as diferenças são tão gritantes?


Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus. Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes? Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”. Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês. (Tiago 4:4-7 NVI)


Responsabilidade e irresponsabilidades do Estado
Pela Palavra de Deus, o Estado não tem direito de exigir nem cobrar dos cidadãos impostos na área de saúde, educação e previdência. Essas áreas são totalmente opcionais e deveriam ser deixadas ao critério e livre escolha de cada trabalhador.


A responsabilidade básica do Estado é dar segurança para a população, castigando os maus e elogiando os bons. Nada mais. Para essa finalidade, o Estado pode cobrar impostos justos, que não ultrapassem os limites do bom senso. O que passa dessa responsabilidade e cobrança é crime aos olhos de Deus. No entanto, não faz nenhum sentido o Estado brasileiro cobrar impostos para dar segurança quando a segurança no Brasil encontra-se em estado deplorável.


O fracasso estatal é tão evidente que o povo sempre pergunta e reclama: “Para que pagar tantos impostos quando temos tão pouca segurança?” Nas outras áreas, que não lhe competem pela Palavra de Deus, o Estado é igualmente desastroso. Não só o Estado não pode dar educação e saúde e suprir todas as necessidades da população, mas a verdade é que o Estado não está conseguindo cumprir suas promessas nessas áreas. A precariedade dos serviços estatais de saúde e educação comprova que a Palavra de Deus está certa em não defender nenhum chamado do Estado para esses papéis.


A função básica do Estado, de acordo com a ideologia socialista, é ocupar todos os espaços na sociedade, família e vida dos cidadãos — interferindo, intervindo e invadindo — e cobrando impostos cada vez mais elevados com a desculpa de dar mais saúde, educação, aposentadoria, empregos, etc.


O Estado, de acordo com a Palavra de Deus, tem de se confinar às suas responsabilidades específicas de segurança, respeitando os mandamentos de Deus. Todas as outras áreas devem ser deixadas sob a responsabilidade, liberdade e escolha dos próprios cidadãos.


Entretanto, o Estado, sob a ideologia socialista, quebra todos os limites e confina cada vez mais o cidadão.


O Estado socialista não rouba só dos trabalhadores através de uma imensa rede de cobrança de impostos, mas também rouba Deus — usurpando o lugar central dEle na vida social, utilizando o pretexto do Estado laico para expulsar Deus e seus mandamentos e valores da esfera política e social e em seguida impondo os mandamentos e valores estatais. A ideologia socialista leva fatalmente o Estado a remover tudo o que está no caminho de suas ambições, inclusive valores ligados a Deus e à família.


Quase ninguém no Brasil ainda acordou para a realidade de que o Estado está tornando os brasileiros meros escravos do governo. Enquanto o trabalhador tem menos, o Estado tem mais. Toda vez que promete mais serviços sociais para você, o governo lhe tira muito mais do que lhe dá. O Estado socialista ou assistencialista é insaciavelmente ladrão:


Rouba na suposta intenção de dar saúde para você.


Rouba na suposta intenção de dar emprego para você.


Rouba na suposta intenção de dar educação para você.


Rouba na suposta intenção de dar aposentadoria para você.


O ladrão privilegiado é o mais perigoso de todos, pois tem a lei do seu lado. Toda vez que quer cometer mais assaltos, simplesmente modifica a lei com a suposta intenção de dar mais “assistência” para você!


No entanto, esse ladrão privilegiado se esquece de que, muito embora ele altere as leis para proteger seus crimes, abusos e opressão, todos os ladrões estão incluídos numa Lei suprema que atinge a todos os que cometem o ato de roubar — sejam meros cidadãos desobedientes ou governantes desobedientes com suas ímpias leis. Essa Lei maior e universal diz NÃO FURTARÁS, nos Dez Mandamentos. Mais provavelmente, o ladrão privilegiado não quer se lembrar de que existe essa Lei, para não ser incomodado em sua insaciável ganância de impostos. Por isso, em seu desprezo a tudo o que vem de Deus e a fim de não ter Ninguém a quem prestar contas por seus próprios abusos e crimes, ele defende tanto o “Estado laico”.


Contudo, quer queiram ou não, tanto o ladrão comum quanto o ladrão privilegiado estão debaixo da Lei divina universal. Diante dessa Lei suprema, que transcende todas as constituições e leis humanas, roubo é roubo, seja praticado por um homem simples, pelo presidente de uma nação ou pelo próprio Estado.


O povo, sob Deus, tem o direito de reagir aos ladrões
Quando um Estado não quer se corrigir e parar suas práticas abusivas de roubar dos cidadãos por meio de impostos violentos e iníquos, pode ser preciso fundar uma nova nação. Assim nasceram os EUA. O governo inglês, antes da criação dos EUA, cobrava impostos abusivos dos cidadãos americanos, e o povo americano entendia essa cobrança não como direito do Estado, mas como abuso de poder. Com esse entendimento e com as ações que se seguiram, os cidadãos americanos se livraram do Estado ladrão e fundaram uma nova nação, com princípios mais limitadores aos poderes do Estado.


Assim como um cidadão tem o direito de reagir ao ataque de um ladrão, o nascimento dos Estados Unidos mostra que os cidadãos unidos recebem bênçãos especiais quando, sob Deus, têm a coragem de reagir a um governo ladrão.


Até quando no Brasil os líderes e o povo evangélico agüentarão a condição de escravos de impostos elevados e muitas outras imposições estatais absurdas que oprimem os cidadãos honestos e trabalhadores? Até quando aceitaremos as “justificativas” do governo para tamanho abuso contra nós? Até quando acolheremos em nossas reuniões representantes governamentais defendendo o Ladrão estatal?


Se ficarmos calados, as pedras clamarão.


Como diz meu artigo “Cristãos e impostos pesados e injustos: oportunidade para ação ou acomodação”, temos todo o direito de não sermos acomodados diante do Estado ladrão. Basta, é claro, que usemos esse direito.


Fonte: www.juliosevero.com.br; www.juliosevero

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