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23 de out. de 2010

Lições Biblicas - CPAD

Lição 04

A Oração em o Novo Testamento

Leitura Bíblica: Lucas 24.46,49,52,53; Atos 1.4,5,12,14

Introdução

I. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA

II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL

III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO

CONCLUSÃO

A PRÁTICA DA ORAÇÃO: UMA NECESSIDADE PARA A IGREJA

Prezado professor, no decorrer da história da Igreja Cristã é possível verificar diversos elementos que marcam a vivência e a intimidade da Igreja com Deus. O elemento em pauta é o desenvolvimento da prática de oração na Igreja ao longo dos anos.

Compreender a oração no desenvolvimento histórico da Igreja, produz ensinamentos edificantes para nossa vida espiritual.

A ocasião da primeira reunião de oração dos discípulos, após a ascensão de Jesus, denota a motivação clara (e oriunda diretamente de Jesus, o cabeça da Igreja) da igreja em Jerusalém viver a disciplina de uma vida com a prática da oração [1].

Sobre o tema em apreço, o Pastor Claudionor de Andrade analisa brevemente a prática da oração nos primórdios da Igreja e avança séculos, mostrando a continuidade do exercício da oração no período medieval e moderno:

A oração jamais se ausentou da Igreja; sem aquela inexistiria esta. Se Jesus foi um exemplo de oração, por que, diferentemente, agiriam seus discípulos e apóstolos? Veja, por exemplo, Paulo. Seja nos Atos dos Apóstolos, seja em suas epístolas, deparamo-nos com o doutor dos gentios endereçando a Deus as mais ferventes orações.

Depois da era apostólica, os pais da igreja, além de suas lides teológicas, consagravam-se à oração. Ignácio, Tertuliano, Ambrósio e Agostinho. O bispo de Hipona escreveu acerca de seu ministério de oração e intercessão: “Eis que dizeis: ‘Venha a nós o vosso reino. E Deus grita: Já vou’ Não tendes medo?”

E os reformadores? Martinho Lutero foi um grande paradigma na intercessão em favor da Igreja de Cristo naqueles períodos da Reforma Protestante. Mais tarde chegaram os avivalistas. John Wesley levantava-se de madrugada para falar com o Pai celeste. E o irmão Finney? Era um gigante na oração. Com o Movimento Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e súplicas por aqueles que, sem ter esperança de ver Deus, caminhavam para o inferno. Em suas anotações pessoais, Daniel Berg e Gunnar Vingren descrevem suas ricas experiências oriundas de uma vida de profunda oração. [2]

Ao tomarmos conhecimento de como os antigos da fé perseveravam em oração e que tal prática é uma herança dos apóstolos, podemos concluir, parafraseando John Bunyan: Jamais seremos cristãos verdadeiros, se não formos pessoas de oração. O hábito da oração deve ser cultivado com perseverança, não duvidando que a oração seja atendida.

O hábito da oração nos ensina a depender de Deus, deixando que Ele escolha, em sua liberdade soberana, o tempo, o lugar, o meio e o fim, na certeza de que tudo quanto Ele fizer sempre será o melhor [3].

Deus é um Ser que intervem na causa humana. Ele se fez humano e é conhecedor de todas as nossas fragilidades. O Deus-Homem denota em nós a certeza de que o “Pai Nosso” nos ouvirá, de fato, como um pai que ouve o seu filho.

Portanto, prezado professor, incentive o seu aluno a cultivar o hábito da oração. Mostre a ele que a disposição para orar pode nascer de maneira bem natural. Ensine-o a aquecer o coração com a meditação das Palavras de Cristo, de Paulo ou dos Salmos, por exemplo. Conclua dizendo que após a meditação da Palavra, a exposição de todas as súplicas do coração será eficaz. O hábito da prática de oração é uma necessidade para a sobrevivência espiritual!

Reflexão: “Numa palavra, a oração é a suprema proteção contra o ceticismo que insinua ser o objeto da fé mera ilusão ou uma projeção de nossos anseios na tela do infinito”.



[1] BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. ed., 2007, p. 280.

[2] ANDRADE, Claudionor. As disciplinas da vida Cristã: como alcançar a verdadeira espiritualidade. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 36.

[3] STROHL, Henri. O Pensamento da Reforma. São Paulo: ASTE (Associação de Seminários Teológicos Evangélicos), 1963, p.54.

Um comentário:

Isabel Meneses disse...

Temos de ter fé... acreditar é meio caminho... não tenhamos medo da desilusão, pois Deus é conosco.Paz!