LIÇÃO 8
O LEGADO DE ELIAS
INTRODUÇÃO
I – O LONGO
PERCURSO DE ELIAS
II – ELIAS
NA CASA DE ELISEU
III – ELIAS
E O DISCIPULADO DE ELISEU
IV – O
LEGADO DE ELIAS
CONCLUSÃO
O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO
PASTORAL
Há um Anseio?
Em 1 Timóteo 3.1, o apóstolo Paulo escreve: “Se
alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja”. A palavra traduzida por
“deseja” é [...] [oregomai], que
ocorre apenas três vezes no Novo Testamento. Este termo significa “distender-se
para tocar ou pegar algo, buscar ou desejá-lo”. É o retrato de um atleta
acelerando os passos para cruzar a linha de chegada. Esse vocábulo também
aparece em 1 Timóteo 6.10, onde é traduzido por “cobiça” relacionada ao
dinheiro, a este se devota tanto amor que passa a ser a própria raiz de “todas
espécies de males”. O terceiro uso está em Hebreus 11.6, em que é traduzido por
“desejar”, frase na qual o objeto do desejo é a “pátria celestial”. Assim, cada
contexto determina a legitimidade da distensão e da busca.
A segunda palavra que fala da compulsão interna em
1 Timóteo 3.1 é [...] [epithumeô],
verbo que significa “colocar o coração, desejar, cobiçar, ambicionar”. A forma
substantivada desse verbo tem em geral um sentido negativo, mas o sentido
básico do verbo é bom ou neutro, significando um desejo particularmente forte.
Essa aspiração pelo ministério é, portanto, um impulso interior que se expressa
em desejo exterior.
Sanders observa que o objeto do desejo não é o
ofício, mas o trabalho. Deve haver um desejo pelo serviço, não pela posição,
fama ou fortuna. Assim, essa aspiração é boa, contanto que se tenha boas
motivações.
Spurgeon oferece o seguinte conselho quanto ao
desejo pelo ministério:
Note bem, o desejo
de que falei deve ser totalmente desinteressado. Se um homem perceber, depois
do mais severo exame de si próprio, qualquer outro motivo que a glória de Deus
e o bem das almas em sua busca do episcopado, melhor será que se afaste dele de
uma vez, pois o Senhor aborrece a entrada de compradores e vendedores em seu
templo. A introdução de qualquer coisa que cheire a mercenário, mesmo no menor
grau, será como um inseto no unguento, estragando-o todo.
Esse desejo
interior deve ser tão desinteressado a ponto de o líder aspirante não
visualizar-se perseguindo outra coisa, exceto o ministério. “Não entre no
ministério, se puder passar sem ele”, foi o sábio conselho de um velho pregador
a um jovem quando indagado sobre a sua opinião quanto a seguir o ministério.
Bicket disse: “Se você pode ser feliz fora do ministério, fique fora. Mas se
veio o solene chamado, não fuja”. Bridges o considera “um desejo
constrangedor... uma qualificação ministerial primária”.
Texto
extraído da obra “Ministério Pastoral:
Alcançando a excelência no ministério cristão”, editada pela CPAD.
Divulgação: www.jorgenilson.com
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