Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2013
Título: Sabedoria de Deus para uma vida
vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Comentarista: José Gonçalves
Lição 11: A ilusória prosperidade dos ímpios
Data: 15 de Dezembro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Tudo sucede igualmente a todos: o
mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao
que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que
jura como ao que teme o juramento” (Ec 9.2).
VERDADE PRÁTICA
Embora debaixo do
sol o fim para justos e injustos pareça o mesmo, as Escrituras deixam claro
que, na eternidade, os seus destinos serão bem diferentes.
HINOS SUGERIDOS
178,
382, 474.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ec 8.10
A injustiça contra os justos
Terça - Ec 7.15
A longevidade dos perversos
Quarta - Ec 9.3
A morte é o fim comum a todos
Quinta - Ap 6.9
O destino dos justos
Sexta - Ec 9.11,12
A imprevisibilidade da vida
Sábado - 2Tm 4.7
Vivendo por um ideal
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Eclesiastes 9.1-6.
1
- Deveras
revolvi todas essas coisas no meu coração, para claramente entender tudo isto:
que os justos, e os sábios, e as suas obras estão nas mãos de Deus, e também
que o homem não conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante a sua face.
2
- Tudo
sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao
puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim
ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.
3
- Este é o
mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo;
que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; que há
desvarios no seu coração, na sua vida, e que depois se vão aos mortos.
4
- Ora, para
o que acompanha com todos os vivos há esperança (porque melhor é o cão vivo do
que o leão morto).
5
- Porque os
vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem
tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
6
- Até o seu
amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste
século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
INTERAÇÃO
Por que os justos sofrem? Por que os ímpios
prosperam? Por que o mal existe? Estas perguntas são feitas há muito por
filósofos, cientistas e, por que não, cristãos sinceros. O problema é que a
teologia da prosperidade — que afirma: o crente não sofre — propagada nas
últimas décadas no universo evangélico, tem prestado um grande desserviço para
a Igreja de Cristo. Precisamos entender que enquanto estamos presentes neste
mundo, e embora justificados por Cristo, fazemos parte de uma criação não
regenerada, anelando por sua transformação no devido tempo (Rm 8.18-23). Mas
por intermédio do Espírito Santo temos a graciosa promessa de que Jesus Cristo
estará conosco até a consumação dos séculos (Mt 28.20).
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
·
Avaliar os paradoxos da vida.
·
Conscientizar-se da imprevisibilidade
da vida.
·
Viver por um ideal legítimo.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor,
introduza a presente lição lendo com a classe o Salmo 73. Este é revelador para
o assunto em questão. Logo após, apresente aos alunos os seguintes destaques:
(1) O autor do salmo é Asafe, levita respeitado, ministro de música da Casa de
Deus; (2) Asafe revela um problema inquietante: Deus é soberano e justo, mas os
ímpios prosperam (vv.3-12) e quem serve a Deus parece sofrer mais (vv.13,14);
(3) O salmista, um servo fiel, ficou desanimado com as próprias aflições
(vv.1,13), com a felicidade e a prosperidade de muitos ímpios (vv.2,3); (4)
Porém, Deus restaura a confiança do salmista ao revelar o fim trágico dos
ímpios e a verdadeira bênção dos justos (vv.16-28). Conclua a introdução
afirmando que a prosperidade dos injustos é ilusória e enganadora.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Prosperidade: Estado do que é ou se torna
prospero; fartura de alimentos e bens de consumo; fortuna, riqueza.
A aparente
prosperidade dos maus é um tema recorrente em Eclesiastes. Nos Salmos, Davi
aborda essa questão fazendo a seguinte pergunta: Por que os justos sofrem e os
ímpios prosperam? (Sl 73). Nesse mesmo tom, Salomão observa que, debaixo do
sol, os injustos parecem levar vantagem sobre os justos. Mas quando ambos são
nivelados por Deus, na arena da vida, constata-se que os justos e os injustos
terão o mesmo fim. Mas como o sábio de Eclesiastes, concluímos que a justiça é
melhor que a injustiça. É preferível ser sábio do que agir como um tolo, pois
seremos medidos pelos padrões de Deus, não pelas circunstâncias da vida.
I. OS PARADOXOS DA VIDA
1.
Os justos sofrem injustiça. Diferentemente dos perversos que parecem estar
sempre seguros e cada vez mais prósperos (Sl 73.12), o sofrimento foi uma das
mais duras realidades experimentadas por Asafe (Sl 73.14). De igual modo,
Salomão lutou contra esse pessimismo ao contemplar o paradoxo da vida na hora
da morte. Os perversos tinham uma cerimônia fúnebre digna de honra, mas “os que
fizeram bem e saíam do lugar santo foram esquecidos na cidade” (Ec 8.10).
O pastor
norte-americano, A. W. Tozer, costumava dizer que o mundo está mais para o
campo de batalha que para o palco de diversão. Em outras palavras, os justos
sofrem na arena da vida (Sl 73; Fp 1.29). Logo, o crente fiel deve estar
consciente de que os revezes não significam que ele esteja sob julgamento
divino ou que a sua fé seja fraca, mas que se encontra em constante
aperfeiçoamento espiritual (2Co 2.4; Cl 1.24; 2Tm 1.8).
2.
Os maus prosperam. Enquanto os justos padeciam, Davi e Salomão
constataram a prosperidade dos ímpios (Sl 73.1-3; Ec 7.15). Aqui, aprendemos que
a espiritualidade de uma pessoa não pode ser medida pelo que ela possui, e sim
pelo o que ela é. Ser próspero não significa “ter”, mas “ser”.
A régua da
eternidade nos medirá tomando como critério a fidelidade a Deus, e não a
prosperidade dos homens. A prosperidade bíblica vem como resultado de um
relacionamento sadio com Deus (Sl 73.17,27,28) e independe de alguém ter posses
ou não. Os ímpios têm posses, mas a verdadeira prosperidade só é possível
encontrar em Cristo.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os
paradoxos da vida se manifestam, por exemplo, na injustiça imposta aos justos e
na prosperidade usufruída pelos ímpios.
II. A REALIDADE DO PRESENTE E A INCERTEZA DO FUTURO
1.
A realidade da morte. Uma chave importantíssima para entendermos a
mensagem de Eclesiastes encontra-se na expressão: “Esta é a tua porção nesta
vida debaixo do sol” (2.10; 3.22; 5.17-19; 9.9). É debaixo do sol que
expressamos a nossa existência e constatamos a nossa finitude! É no dia a dia
da vida que percebemos a verdade implacável da morte, tanto para quem serve a
Cristo quanto para quem não o serve!
A sentença já foi
decretada e é a mesma para todos (Hb 9.27; Ec 9.3). Com a realidade da morte o
futuro parece incerto (Ec 1.1-11). O apóstolo Paulo, porém, diz que se a nossa
esperança se limitar apenas a esta vida somos os mais infelizes dos homens (1Co
15.19). Em Cristo, temos a vida eterna.
2.
A certeza da vida eterna. Salomão escreveu Eclesiastes sob uma análise
puramente existencial. Quem está do lado de lá da eternidade não participa do
lado de cá da existência. Neste aspecto, “os mortos não sabem coisa nenhuma”
(Ec 9.5). Isto não se dá porque eles estão inconscientes, mas porque pertencem
a outra dimensão (Ap 6.9; 2Co 5.8), onde nem mesmo o sol é necessário (Ap
22.5).
Em vez de negar a
imortalidade da alma humana, o Eclesiastes apenas descreve a nossa trajetória
nesta vida. É o Novo Testamento que lançará mais luz sobre a imortalidade de
nossa alma na eternidade (Lc 16.19-31; 2Co 5.8; Fl 1.23; Ap 6.9).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Em
vez de negar a imortalidade da alma humana, o Eclesiastes apenas descreve a
nossa trajetória nessa vida.
III. A IMPREVISIBILIDADE DA VIDA
1.
As circunstâncias da vida. Nenhum outro texto descreve tão bem a
imprevisibilidade da vida como o de Eclesiastes 9.11,12. Catástrofes naturais e
vicissitudes sociais ocorrem em países habitados quer por pecadores, quer por
crentes piedosos, pois ambos habitam em um mundo decaído. Mas em todas as
circunstâncias, o Senhor se faz presente (Sl 46.1; 91.15).
2.
Aproveitando a vida. Cientes de que teremos dissabores na vida, o que
podemos fazer a respeito? Mergulhar em um sombrio pessimismo, ou tornar-se
indiferente aos problemas? É bem verdade que muitos se deprimem quando a
calamidade chega. Ela assusta, amargura-nos. Faz com que nos isolemos. Mas o
rei Salomão sabia que a vida “debaixo do sol” não era fácil nem justa. Ele não
negou esse fato e muito menos fugiu da sua realidade.
Contrariamente, o
Pregador incentivou-nos a viver, em meio à imprevisibilidade da vida, aquilo
que nos foi dado como porção (Ec 9.7,9). Em Cristo, somos chamados a viver a
verdadeira vida, conscientes de sua finitude terrena, mas esperançosos quanto a
sua eternidade celeste (1Co 15.19).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
As
circunstâncias da vida revelam a sua imprevisibilidade e, por isso, devemos
aproveitá-la da melhor maneira possível.
IV. VIVENDO POR UM IDEAL
1.
A morte dos ideais. Eclesiastes 9.14,15 narra a história de um povo que
se esqueceu de um sábio idealista por ele ser pobre. Tal fato denota uma
cultura onde os ideais não mais existem. Como é atual a leitura do Eclesiastes!
A cultura contemporânea também perdeu os seus ideais.
Lembremo-nos de que
uma das marcas de nossos dias é a relativização do absoluto, e cada pessoa vai
buscar uma verdade para si mesma. Isso tende a tornar as pessoas mais
individualistas e narcisistas, preocupadas apenas consigo mesmas e
tremendamente desinteressadas pelo próximo.
2.
Vivendo por um ideal. Mesmo sabendo que as boas ações nem sempre serão
reconhecidas, Salomão acredita que devemos ter um ideal elevado e firmado em
Deus (Ec 9.16-18).
Vivendo em uma
sociedade relativista e vazia de idealismo, não há garantia de qualquer
reconhecimento pelo fato de crermos e vivermos os valores morais e espirituais
prescritos pela Bíblia. Contudo, vale a pena viver por um ideal. O cristão
maduro sabe das causas pelas quais devemos lutar (At 20.24; Ef 3.14; 2Tm 4.7).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O
cristão maduro, através do Evangelho, sabe bem das causas pelas quais devemos
lutar nesta vida.
CONCLUSÃO
A vida “debaixo do
sol” mostra-se como ela realmente é. Às vezes parece sem sentido e, em muitas
outras, cheia de paradoxos. Mas a vida precisa ser vivida. Salomão não apenas
observou essa dura realidade, mas também a experimentou.
Para não cairmos
num pessimismo impiedoso e, tampouco, num indiferentismo frio, devemos viver a
vida a partir da perspectiva da eternidade. Então tomaremos a consciência de
que, na vida terrena, há ideais dignos pelos quais devemos lutar. Assim,
evitaremos as armadilhas do pessimismo. Vivamos, pois, a nossa vida de maneira
a glorificar o Pai Celeste.
VOCABULÁRIO
Estulto: Pessoa
que não tem bom discernimento; insensato, estúpido, néscio.
Paradoxos: Pensamentos ou preposições que contrariam princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano.
Narcisista: Que ou quem é muito voltado para si mesmo, para a própria imagem.
Indiferentismo: Atitude de indiferença sistemática.
Paradoxos: Pensamentos ou preposições que contrariam princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano.
Narcisista: Que ou quem é muito voltado para si mesmo, para a própria imagem.
Indiferentismo: Atitude de indiferença sistemática.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
RHODES, R. Por que Coisas Ruins Acontecem Se Deus é Bom. 1
ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
1. De
acordo com a lição, como o crente fiel deve estar consciente a respeito dos
revezes da vida?
R. Os revezes da vida não significam que ele esteja sob julgamento divino
ou que a sua fé seja fraca, mas que se encontra em constante aperfeiçoamento.
2. O
que, na lição, aprendemos acerca da espiritualidade das pessoas?
R. A espiritualidade de uma pessoa não pode ser medida pelo que ela possui,
e sim pelo o que ela é.
3. Por
que a expressão “Esta é a tua porção nesta vida debaixo do sol” é uma chave
importante para entendermos a mensagem do Eclesiastes?
R. Porque é debaixo do sol que expressamos a nossa existência e constatamos
a nossa finitude.
4. As
catástrofes naturais e os problemas sociais apenas acontecem em países
habitados por “pecadores”? Justifique a sua resposta.
R. Não. Catástrofes naturais e vicissitudes sociais ocorrem em países
habitados quer por pecadores, quer por crentes piedosos.
5. Para
você, por qual causa vale a pena lutar na vida?
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio
Apologético
“[Salmo 88: o Salmo que termina sem resposta]
[...] O salmista
(de acordo com o título, Hemã, o ezraíta) se comprometeu em dar a Deus a glória
pela resposta à oração.
O salmista que
sofre atribuiu a sua vida de aflições a Deus (‘Teus terrores’, ‘Tua
indignação’). Este é o realismo da fé — Deus é soberano mesmo sobre as
circunstâncias difíceis que o seu povo deve suportar. Tudo tem um propósito na
realização do plano de Deus, embora no momento da dor seja difícil
compreendê-lo. Se o salmo parece terminar com um tom negativo, há duas
considerações que se aplicam. Em primeiro lugar, por mais que o orador sentisse
que Deus o tinha abandonado, ainda falava com Ele.
Em segundo lugar, o
salmo, da maneira como está escrito, pode não reproduzir a cena integral.
Quando usado em adoração, outro orador, não citado aqui (por exemplo, um
sacerdote ou um profeta), pode ter dado uma resposta confirmando a ajuda do
Senhor. Há muitas passagens nos Salmos que sugerem que houve uma resposta não
registrada de outro orador, em nome do Senhor” (Bíblia de Estudo Defesa da
Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010, p.945).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Teológico
“2. A Prosperidade dos Ímpios ([Salmos]73.4-12)
A riqueza, o
orgulho e a prosperidade dos ímpios são descritos em termos vívidos. O fato de
isso não ocorrer com todos os injustos não obscurece a realidade de ser verdade
para muitos. Não há apertos na sua morte, mas firme está a sua
força(4) pode ser traduzido como: ‘Eles
não passam por sofrimento e tem um corpo saudável e forte’ (NVI). Eles parecem
estar livres de ‘canseiras’ (5; ARA), seguros na sua soberba e incontrolados na
sua violência ou
conduta em escrúpulos (6). No meio de um povo primitivo que sempre está à beira
da fome, os ímpios têm mais do que o seu coração deseja (7). Sua conversa é
cínica e perversa, presunçosa e blasfema (8-9). Os versículos 10-11 são
traduzidos de maneira mais clara por Moffatt: ‘Por isso o povo se volta para
eles e não vê nada de errado neles, pensando: Quanto Deus se importa? Acaso, há
conhecimento no Altíssimo?’ Apesar da sua impiedade, esse povo prospera e os
seus habitantes estão sempre em segurança, e se lhes aumentam as
riquezas (12).
3.
Progresso rumo à Solução (73.13-20)
À luz do que havia
observado, o salmista foi levado a questionar se ele havia em vão purificado o
seu coração e lavado as suas mãos na inocência (13). Se os ímpios ‘progridem’,
por que se preocupar em ser bom? Na verdade, castigo e aflição têm sido sua
sorte (14). O versículo 15 mostra que, mesmo que tenha pensado essas coisas,
ele não expressou suas dúvidas em voz alta — porque fazê-lo ‘teria traído os
teus filhos’ (NVI). Ele Havia guardado as suas dúvidas para si mesmo. Mesmo
assim, a sua ponderação era dolorosa: Fiquei
sobremodo perturbado (16).
Finalmente a luz
invade a escuridão quando ele entra no santuário
de Deus (17). Então ele vê que o Senhor não acerta
imediatamente as contas com todos. De modo súbito, ele entende que o ímpio que
prospera, a quem ele havia insensatamente invejado, foi colocado em lugares escorregadios (18)
e destinado à destruição (18). Desolação e terrores são
o seu destino (19). Como tudo muda em um
sonho (20) no momento em que se acorda, assim ocorrerá
quando Deus ‘acordar’ para julgar; tudo será invertido, como ocorreu com o rico
e Lázaro (cf. Lc 16.19-31). Desprezarás a aparência (‘imagens’,
Berkeley) deles”
(CHAPMAN, M. L.; PURKISER, W. T. (at all). Comentário
Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Vol. 3, RJ: CPAD, 2005, pp.222-23).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
A
ilusória prosperidade dos ímpios
Por que os justos
sofrem e os ímpios prosperam? Quem já não fez esta indagação, ainda que de
forma introspectiva? Às vezes parece que os ímpios levam vantagens em relação
aos crentes. Todavia, a prosperidade do ímpio é só nesta vida, enquanto a do
justo é eterna. As lutas e dificuldades da vida são para todos, bons ou
injustos, fiéis e infiéis. Deus é misericordioso, Ele faz com que o sol nasça
para todos, assim como a chuva caia para os justos e ímpios (Mt 5.45). Sabemos
que enquanto vivermos em um corpo corruptível, estaremos sujeito às doenças e
as intempéries desta vida. Somente estaremos livres, para todo o sempre, da dor
e do sofrimento, no dia em que recebermos um corpo glorificado, não mais
sujeito à morte (1Co 15.52). Esta é a nossa viva esperança, e o nosso consolo
em meio à dor: saber que um dia viveremos eternamente com o Senhor, livres de
lágrimas e dores (Ap 21.4). Mas quanto aos ímpios terão o mesmo destino? Têm
eles a mesma esperança? O Dia do Juízo chegará para todos os ímpios, porém Deus
é longânimo e deseja que todos se arrependam e se salvem (2Pe 3.9). Os ímpios
terão que enfrentar o julgamento do “grande trono branco” (Ap 20.11-15).
Aqueles que não creem encararão, segundo a Palavra de Deus, o pranto e o range
de dentes (Mt 13.41,42), a condenação (Mt 13.42,43) e a destruição.
Ao ler Eclesiastes
podemos ter a impressão de que a morte é o fim de tudo (9.4-6). Salomão parece
desejar a morte diante dos males da vida (Ec 4.1-3). Sabemos que neste mundo
teremos aflições, mas apesar de tudo, vale a pena viver quando confiamos em
Deus. Salomão estava vivendo longe do Senhor quando escreveu Eclesiastes, por
isso, Ele faz uma análise existencial da vida. Sua visão é extremamente
pessimista: “os mortos não sabem coisa nenhuma” (Ec 9.5).
Um dia todos terão
que enfrentar a morte, tanto os ímpios quanto os justos. Porém sabemos que a
morte não é o fim para o sofrimento humano. Ela é o fim para um novo começo na
eternidade. Segundo o apóstolo Paulo afirma, se a nossa esperança se limitar
apenas a esta vida somos os mais infelizes dos homens.
Não podemos nos
deixar abalar pelas circunstâncias da vida nem pela prosperidade dos ímpios;
precisamos confiar no Deus Todo-Poderoso, pois somente Ele nos fará habitar um
dia nas regiões celestes.
Fonte: CPAD/ ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
Divulgação: www.jorgenilson.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário