Lição Bíblica do dia 22 de setembro de 2013
LIÇÃO DE Nº 12
LIÇÃO
12 A RECIPROCIDADE DO AMOR
CRISTÃO
INTRODUÇÃO
I.
As ofertas dos filipenses como providência divina
II.
O contentamento em Cristo em qualquer situação
III.
A principal fonte do contentamento (4.13)
CONCLUSÃO
COMPROMISSO COM O
CONTENTAMENTO (Filipenses 4.10-13)
Por David Demchuk
Paulo começa expressando sua alegria pela renovada
preocupação dos filipenses para com ele. O acontecimento particular que causou
esta explosão de alegria foi a vinda de Epafrodito com a oferta da igreja. A
alegre reação de Paulo (apropriadamente traduzida como “regozijo”; Fee, 428)
comunica sua gratidão. A magnitude de sua gratidão é salientada pela palavra
“muito” (colocada como ênfase na frase). Paulo se regozijava “no Senhor”, uma
expressão ligada à alegria expressa ao longo da carta (3.1; 4.4).
A frase “reviver a vossa lembrança de mim” tem várias
implicações. A palavra “renovar” ou “reviver” ilustra o rejuvenescimento de uma
árvore ou planta na primavera, após uma estação dormente. Paulo não está
expressando algum lapso na preocupação dos filipenses para com ele, por
esquecimento. Está sugerindo que embora sempre tenham cuidado dele, seus
cuidados finalmente produziram frutos, uma obra tangível refletida pelas
ofertas que lhe foram enviadas. A “lembrança” ou “preocupação” é a tradução de
uma palavra comum na carta (phroneo;
1.7; 2.2,5). As palavras escolhidos por Paulo não falam somente sobre estar
ciente das necessidades de alguém, mas também implicam uma aplicação prática
deste pensamento. Por meio de suas ofertas, estavam de fato agindo para com ele
conforme aquilo que lhes havia ensinado em relação ao tratamento mútuo entre os
membros da comunidade de Filipos. Isto foi reforçado na parte final do verso
10, onde Paulo reconhece que os filipenses estavam realmente preocupados com
ele, porém, faltava-lhes a oportunidade para expressá-lo.
Esta nota de consideração não surge do sentimento de alívio.
O apóstolo não está dizendo: “Afinal, vocês me ajudaram; eu estava ficando
desesperado!” Nos versos 11-14, Paulo ressalta ser livre da opressão da
necessidade. Sua alegria não se deve a ter suas necessidades satisfeitas, mas
ao fato de que a preocupação dos filipenses está fundamentada no Senhor. O
relacionamento de Paulo com Deus tem-no conduzido a um senso de contentamento que
transcende sua circunstância imediata. Os filósofos estóicos usaram a palavra
“contentamento” (autarkes) para
denotar o caráter desejável de uma pessoa que aprendeu a viver de maneira
auto-suficiente. Este indivíduo seria capaz de viver uma vida livre da
influência das circunstâncias e pressões externas. Para Paulo, este
contentamento não consistia em auto-suficiência, mas, antes, na dependência de
Deus. Foi o poder de Deus em sua vida que o capacitou a viver acima de suas
circunstâncias presentes. Este contentamento foi “aprendido”, não de modo
teórico, mas nas experiências através das quais Deus conduziu Paulo até este
ponto em sua vida.
Paulo desenvolve este contentamento no verso 12. Experimentou
tanto a necessidade quanto a abundância. (A palavra usada para “necessidade”
aqui, é a mesma para humilhação de Cristo no capítulo 2.8; mas, devido a este
contexto, provavelmente se refere à privação econômica). Ele então emprega dois
conjuntos de verbos contrastantes para mostrar os extremos através dos quais
experimentou este contentamento: quando estava bem alimentado, quando teve
fome, quando viveu períodos de abundância e quando viveu e quando padeceu
necessidades. Através de todas estas situações, descobriu o segredo do
contentamento.
Em uma conclusão final, o verso 13 revela a principal fonte
do contentamento de Paulo: “posso todas as coisas, naquele que me fortalece”.
Este contexto do verso tem sido frequentemente transgredido, e esta verdade tem
sido colocada a serviço de extravagâncias caprichosas. O apóstolo está
claramente se referindo à grande variedade de suas experiências (v. 12). A
importância do verso 13 é encontrada no fato dessa capacidade de Paulo lutar
com as adversidades da vida não ter sido alcançada por meio da auto-suficiência
(como os estóicos ensinavam), mas através da suficiência em Cristo. Este
fortalecimento foi parte da experiência cristã contínua de Paulo e estava
fundamentado em sua união com Cristo.
Texto extraído do “Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento”, editado pela CPAD.
Divulgação: www.jorgenilson.com
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