NORBERT LIETH
Hans Meiser, apresentador de televisão alemão, experimentado nos negócios televisivos, concluiu: "Quem leva a televisão a sério está perdido."
Com esta declaração, Hans Meiser, talvez sem o querer, acertou o cerne da questão. Quem acredita na mentira, de fato já está perdido.
Vemos isso quando os primeiros seres humanos caíram em pecado no Paraíso. Eva deu ouvidos à mentira de Satanás: "É assim que Deus disse...?" (Gn 3.1). "É certo que não morrereis" (v.4). O resultado foi que, tanto ela quanto seu marido se perderam no mesmo instante em que deram ouvidos à mentira de Satanás e transgrediram o mandamento de Deus. Eles, com isso, viraram as costas para a verdade divina, comeram o fruto proibido, saíram da comunhão com Deus, tiveram de deixar o Paraíso e a morte passou a governar a vida.
Desde então nada mudou no nosso mundo. O homem acredita mais na mentira do que na verdade que vem de Deus. Quantas mentiras são espalhadas pelos meios de comunicação e até pelos livros escolares. As teorias mais malucas podem ser propagadas, e encontram adeptos em todos os lugares. E, apesar disso, o homem ainda pensa que é inteligente, moderno, "in", acha que está acompanhando os acontecimentos de maneira racional.
Tomemos, por exemplo, a teoria da evolução. Na fábula do sapo que vira príncipe, todos estão cônscios de que se trata de um conto de fadas. Ninguém chegaria a pensar em levar a sério essa história. Mas com a teoria da evolução é mais ou menos assim: acredita-se que o ser humano tenha surgido de outros seres inferiores e que o mundo tenha surgido de uma explosão inicial, e assim por diante. Mas ao contrário da história do sapo que vira príncipe, acredita-se piamente na teoria da evolução e ela é defendida com veemência.
A fé em um Senhor vivo, em um Deus criador, é considerada antiquada e atrasada.
Aqui se levanta a questão: o que requer fé maior, crer na teoria da evolução, que diz que tudo surgiu por acaso, ou crer que um Deus criador fez todas as coisas? Na verdade, tudo neste mundo nos leva a concluir que não pode existir um acaso tão grande como quer dizer a teoria da evolução. Por exemplo, sabe-se hoje que os enormes períodos de tempo, necessários à evolução, produzem o contrário de desenvolvimento e evolução. O aumento de entropia (medida da quantidade de desordem de um sistema) produz a destruição da ordem. Quanto mais tempo houver à disposição, mais fortes serão as marcas da desintegração. Cientistas criacionistas também afirmam que, se a vida pudesse surgir por acaso, isso poderia ser demonstrado através de experiências e cálculos. O surgimento de vida deveria ser repetido em laboratório, mas nada disso aconteceu até hoje.
Até do homem de Neandertal, que há alguns anos era considerado intermediário entre homem e macaco, afirma-se agora que se ele tomasse banho, se barbeasse e andasse vestido de maneira moderna, não se diferenciaria muito dos homens de hoje. Em um supermercado não se notaria a diferença entre ele e uma pessoa que vive no tempo de hoje.
Apesar de todas as pesquisas reais e sérias indicarem que houve uma criação, acredita-se mais facilmente no conto do sapo que vira príncipe do que na verdade que vem de Deus, do qual está escrito:
–"Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis" (Rm 1.20).
–Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem" (Hb 11.3).
A seguinte história pode mostrar a diferença entre verdade e mentira:
"Certa vez a verdade e a mentira foram passear juntas. Passaram perto de um belo lago, e o dia estava quente. A mentira falou à verdade: ‘Venha, vamos nadar juntas, está um dia tão bonito.’ A verdade respondeu: ‘Sim, vamos nadar.’ Ambas se despiram, e a verdade pulou na água antes da mentira; a mentira ficou fora da água, pegou as roupas da verdade e sumiu. Desde então, a mentira anda por aí com as roupas da verdade, mas a verdade é considerada mentira." (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, Fevereiro de 1997.
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