Os artistas gospel, seus cachês e fãs clubes
Renato Vargens
O Genizah publicou a noticia de que um famoso cantor gospel está pedindo de cachê R$ 40 mil por show. Há pouco, soube de uma cantora que cobrara R$ 2 mil para cantar numa igreja, no entanto, a clausula contratual, afirmava claramente que se a igreja desejasse que ela cantasse canções do seu novo CD, o preço seria R$ 3 mil. Outro dia soube de um cantor que havia cobrado R$ 10 mil por ministração e que não subiu ao palco, simplesmente pelo fato de que a igreja contratante só tinha levantado 9 mil.
Pois é, o número de cantores evangélicos cobrando nababescos cachês é um verdadeiro absurdo, isto sem falar nas exigências contratuais de hotéis 5 estrelas, de camarim lotado de comidas excêntricas e muito mais.
Infelizmente essa coisa chamada gospel virou febre neste tupiniquim país! A conseqüência disso é que em nome da espiritualidade a fé bíblica-cristã tem sido comercializada de modo escandaloso. Em nome de Deus, a música e a adoração, passaram a ser vendidas como um produto qualquer em nossos templos. Cantores, cantoras em nome do ministério, estipulam valores altíssimos, para adorar aquele que é digno de todo louvor.
Renato Vargens
O Genizah publicou a noticia de que um famoso cantor gospel está pedindo de cachê R$ 40 mil por show. Há pouco, soube de uma cantora que cobrara R$ 2 mil para cantar numa igreja, no entanto, a clausula contratual, afirmava claramente que se a igreja desejasse que ela cantasse canções do seu novo CD, o preço seria R$ 3 mil. Outro dia soube de um cantor que havia cobrado R$ 10 mil por ministração e que não subiu ao palco, simplesmente pelo fato de que a igreja contratante só tinha levantado 9 mil.
Pois é, o número de cantores evangélicos cobrando nababescos cachês é um verdadeiro absurdo, isto sem falar nas exigências contratuais de hotéis 5 estrelas, de camarim lotado de comidas excêntricas e muito mais.
Infelizmente essa coisa chamada gospel virou febre neste tupiniquim país! A conseqüência disso é que em nome da espiritualidade a fé bíblica-cristã tem sido comercializada de modo escandaloso. Em nome de Deus, a música e a adoração, passaram a ser vendidas como um produto qualquer em nossos templos. Cantores, cantoras em nome do ministério, estipulam valores altíssimos, para adorar aquele que é digno de todo louvor.
Isso me faz lembrar do episódio em que Jesus entra no templo com azorrague nas mãos derramando o dinheiro dos cambistas no chão. “E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou a todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas, e disse aos que vendiam as pombas: tirai daqui estas coisas, não façais da casa de meu Pai casa de negócio." Jo 2:14-16
No texto em questão a Bíblia nos mostra um Jesus indignado, isto porque, os valores da casa de Deus estavam absolutamente deteriorados. Vendia-se tudo que se era possível para o sacrifício. Na verdade eles estavam muito mais preocupados com o lucro do que com o sacrifício em si. Repare que Jesus repreendeu os que vendiam as pombas (vs 16), isto se deve ao fato das pombas ser geralmente oferecidas como sacrifício pelos mais pobres. Jesus aqui combate também a espoliação dos menos favorecidos pela sociedade. Sim, combate o enriquecimento de alguns em detrimento da religiosidade de outros. O Interessante é que ele joga o dinheiro no chão. Isto nos leva a entender de que o lugar que dinheiro deve estar é bem longe da cabeça e do coração. Dinheiro tem que estar no chão! Debaixo dos nossos pés, submetido inteiramente a Deus.
Caro leitor, por favor, pare, pense e responda: Qual a diferença dos chamados artistas gospel para os artistas seculares? Ambos não cobram cachês? Qual a diferença das músicas cantadas? Ambas não são para entretenimento do ouvinte? Qual a diferença entre seus fãs clubes? Ambos não adoram seus ídolos? E quanto as suas canções? Não são ambas antropocêntricas? Ora, vamos combinar uma coisa? Esta historia de artista gospel é uma verdadeira vergonha. Afirmar que seus shows fazem parte de um ministério cristão é no mínimo afrontar o conceito bíblico de serviço.
Isto posto, repudio veementemente os que em nome Deus se locupletam da fé publica cobrando valores imorais por seus shows e apresentações.
Que Deus tenha misericórdia desta geração.
Um comentário:
O assunto em destaque é digno de uma reflexão por parte dos líderes evangélicos. A proliferação do mercantilismo evangélico se dá por conta dos líderes, que acostumaram suas igrejas a assistirem shows de artistas que não têm compromisso algum com a pura e santa palavra de Deus. Como não bastasse, existem ainda aqueles pregadores de inovações que são contratados para minstrarem em grandes eventos em nossas igrejas fazendo exigências escabrosas em nome do Senhor.Convém ressaltar, que na maioria esses pregadores lançam um fermento velho, um veneno na panela, e para tal cobram altos cachês, lançam apelos emocionalistas tirando ofertas em lençóis, furtando relógios, anéis, até alianças, ridicularisando o evangelho, tudo isso em nome de Deus, quando na verdade Deus não se encontra nem aprova essas açoes.
Pr Ronaldo Silva
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