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12 de ago. de 2007

Marcha para Jesus ou Parada Gay: Quem é realmente vitima de preconceito?

Julio Severo
Resumo: Se a imprensa liberal tratasse as paradas gays do jeito que trata as Marchas para Jesus, a agenda gay seria ignorada e ficaria merecidamente confinada a um número insignificante de mentes medíocres.
A Marcha para Jesus e a Parada Gay ocorreram na Avenida Paulista em 2006 com um intervalo de apenas dois dias de diferença. Apesar de estarem tão próximas um da outra em data, suas metas e compromissos são muito distantes. Uma exalta o homossexualismo; a outra, Jesus. Uma quer que homens e mulheres permaneçam no pecado homossexual; a outra oferece esperança e saída, em Jesus, para todos os pecadores.
A diferença é clara: exaltar Jesus tem como resultado transformação na vida das pessoas. No rastro do Evangelho, há ex-prostitutas, ex-drogados, ex-criminosos, ex-homossexuais, etc. No rastro do homossexualismo, a história é outra. Na Holanda, depois da pioneira lei de casamento gay no mundo, hoje quem está saindo do armário são os pedófilos, lançando até um partido para defender o sexo entre adultos e crianças. No Brasil, o Grupo Gay da Bahia, um dos primeiros grupos de militantes gays, inaugurou recentemente uma exposição “artística” explorando a cultura católica com a apresentação de uma imagem de Santo Antonio com o menino Jesus. Os idealizadores gays explicaram suas intenções: “Queremos demonstrar à sociedade que a intimidade entre adultos e crianças nem sempre foi considerada crime e tratada como pedofilia”.
Só para lembrar: a maior entidade mundial de defesa do sexo entre homens e meninos é a NAMBLA (North American Man-Boy Love Association, Associação Norte Americana de Amor entre Homens e Meninos), totalmente composta por membros homossexuais. Alguma dúvida sobre o que a exaltação ao homossexualismo trará para o Brasil e o mundo? Ainda assim, os ativistas homossexuais não temem que a imprensa liberal venha a colaborar numa campanha para desmascarar o papel do homossexualismo na NAMBLA e nas iniciativas internacionais para legalizar o sexo entre adultos e crianças.
Cobertura jornalística: os gays estão presentes, mas onde estão os evangélicos?
Os evangélicos do Brasil estão conscientes de que existe preconceito e discriminação contra eles. Por muitos anos, as Marchas para Jesus atraem tanta atenção das emissoras que dá para contar num dedo só quantos canais de TV se lembram de fazer uma brevíssima menção ao evento. Se não fosse pelas revistas e programas evangélicos que notificam sobre as marchas, ninguém no Brasil e no mundo saberia que centenas de milhares de evangélicos marcharam pelas ruas de São Paulo.
Os ativistas gays estão conscientes de que existe preconceito e discriminação contra eles. Por muitos anos, as Paradas do Orgulho Gay atraem tanta atenção das emissoras que é muito difícil ligar num canal de TV que não esteja dando cobertura ao evento… O apoio é descarado. As menções às paradas são sempre em tom elogioso.
Na parada de 2006, quase dois milhões e meio de pessoas apareceram para prestigiar a manifestação gay, que estava cheia de folia carnavalesca. Na Marcha para Jesus, o número de participantes foi três milhões. Mas não importa. Mesmo que dez milhões, ou bilhões, de evangélicos se manifestem nas ruas de São Paulo, os meios de comunicação sempre lhes dão o mesmo tratamento: silêncio. Preferem fazer de conta que não houve nada, pois a religiosidade bíblica do evento evangélico pode lembrar aos tespectadores (e aos arrogantes liberais da mídia) que existe Deus, Bíblia, pecado, Jesus, salvação e outras coisas que incomodam corações que só pensam em folia. Já a parada gay, com todas as suas aberrações, tem mais para oferecer para esses corações do que as Marchas para Jesus.
Quem são as vítimas de preconceito da mídia: gays ou evangélicos?
Na teoria, quem sofre preconceito não recebe cobertura jornalística, pelo menos não positiva. Quem não sofre preconceito nenhum é que costuma receber toda a simpatia da imprensa. Mas essa teoria não funciona na realidade. Preconceito da mídia é algo que os ativistas gays desconhecem completamente. Em contrapartida, os evangélicos, com ou sem Marcha para Jesus, continuam obscurecidos e invisíveis, apesar de todos os esforços para mostrar ao Brasil e ao mundo que eles existem e que, ao contrário dos ativistas gays, têm uma mensagem positiva para oferecer à sociedade.
Sua mensagem é que Jesus é a resposta para tudo e para todos. A mensagem dos ativistas gays, porém, é bem diferente. Apesar do papel de presente que convenientemente esconde o que pregam, basicamente eles querem viver no que acreditam. Mais do que nunca, eles estão saindo do armário e encorajando e até forçando outros homossexuais a sair do armário.
Mas embaixo do papel de embrulho está escondida a essência de sua agenda, que é simplesmente conquistar respeitabilidade social para o suposto direito de um homem se deitar com outro homem, ou, para ser mais claro, o suposto direito de enfiar o pênis no ânus do outro ou de receber o pênis no próprio ânus. Para eles, é exatamente esse ato que é motivo de tanto orgulho.
Dos meios de comunicação, os defensores desse “ato de orgulho” ganham respeito e elogios. Mas prestigiar a Marcha para Jesus pode trazer como conseqüência a recordação incômoda de que o que é visto neste mundo como orgulho pode ser na verdade vergonha, repugnante, nojento e abominação aos olhos de Deus.
O homossexualismo só é respeitado hoje porque está na lista de comportamentos da moda aprovados pela cartilha dos censores politicamente corretos. Se não estivesse, as emissoras de TV adotariam para com as paradas gays a mesma atitude que assumem contra as Marchas para Jesus — de não ver nada, não ouvir nada e não falar nada.
Dá para entender agora como o conceito de combate ao preconceito funciona para favorecer e agraciar as manifestações dos militantes gays, mas não funciona a favor das manifestações evangélicas, que sofrem nada menos do que uma censura brutal que lhes reserva a escuridão existencial diante do público?
Todo ano a história é a mesma: muita omissão para as Marchas para Jesus e muito destaque e badalação para as paradas gays. Mesmo alegando preconceito, as paradas gays recebem muito mais atenção da mídia do que os evangélicos. Se então não sofressem tanta “discriminação”, o destaque e a badalação a eles poderiam ocupar vinte e quatro horas da programação diária da televisão!
Se os ativistas gays (e seus aliados liberais) quiserem sentir na pele o que é preconceito, precisarão abandonar seu estilo de vida e se tornar seguidores de Cristo. De modo oposto, se os seguidores de Cristo quiserem ter sobre si os holofotes do sucesso social, precisarão renunciar ao verdadeiro Evangelho, que condena o pecado, mas salva o pecador.
Lamentavelmente, essa é a realidade. Dez ou apenas três indivíduos defendendo o homossexualismo têm muito mais chances de receber atenção da mídia do que 3 milhões de evangélicos exaltando Jesus.
Os oportunistas têm essa vantagem porque aprenderam a exaltar a ilusão em detrimento da verdade. É nessa ilusão desigual e injusta que os homossexuais são apresentados em programas de TV, principalmente novelas, como criaturas com perfil bondoso, sensível, tolerante e compreensivo, como se fossem encarnações de Jesus, enquanto os evangélicos são representados por figuras estranhas, intolerantes, suspeitas, fanáticas e antipáticas.
A solução para os evangélicos receberem o mesmo tratamento que os gays estão ganhando? Render-se aos pés dos liberais e suas mentiras ou, através do poder do Evangelho, ajudá-los a se renderem aos pés do Senhor Jesus. Do contrário, eles continuarão em sua missão infernal de dar destaque ao que é ruim e ignorar o que é bom.
A cobertura jornalística das Marchas para Jesus e das Paradas da Vergonha Gay tem um efeito colateral interessante: acaba mostrando no final quem realmente são as vítimas de preconceito e quem são os preconceituosos.

Artigo de Júlio Severo

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