O governo do Acre é patrocinador do evento, mas o deputado Moisés Diniz, autor de uma lei estadual do Dia da Diversidade, afirma não concordar com a performance: “O detalhe mata o conjunto. Vou fazer a defesa do conjunto e vou condenar a irresponsabilidade. A coordenação do evento deveria ter retirado os dois manifestantes. Existem regras de convivência na sociedade. O que fizeram é abominável e se tornou um tiro no pé do movimento”.
“O estado não deveria ajudar nenhuma manifestação desse tipo. Minha divergência nesse campo abrange o meu governo, os evangélicos e católicos. Manifestação religiosa, de gênero e cor, o estado tem que ficar à margem. A pornografia depõe contra o movimento. Além disso, entoar o hino evangélico foi uma provocação descabida. Há fundamentalistas nas religiões, mas esse tipo de provocação também tem cunho fundamentalista. Isso é intolerância” acrescentou o líder do governo que disse também que “a reação que está havendo não é uma reação moral dos evangélicos, mas uma reação da sociedade”.
O presidente da Associação de Homossexuais do Acre Germano Marino nega que o fato tenha ocorrido durante a execução do hino evangélico. Ele afirma que a interpretação do hino ocorreu na concentração, no Calçadão da Gameleira e não durante a caminhada pela Via Chico Mendes.
“Militantes fervorosos da discriminação, da homofobia, do racismo, do machismo e do fundamentalismo, se aproveitam para reafirmar os seus posicionamentos retrógrados e falsos moralistas”, disse Marino sobre a reação dos religiosos pela foto tirada na parada gay.
O presidente da Associação de Homossexuais questionou também o porquê de cenas como essa não causarem tanta polêmica durante o carnaval.
Sobre as declarações do deputado, de acordo com Marino, o governo gastou “apenas” 30 mil com a organização do evento. E indagou ainda: “Quem disse que fazer sexo oral com preservativo não é uma política de estado oriunda do Ministério da Saúde?”.
Fonte: Gospel+
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