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28 de nov. de 2008

Lula quer Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Lula quer Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Valores do candomblé, umbanda e vudu receberão mais proteção estatal
No Dia da Consciência Negra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em evento no Rio de Janeiro onde anunciou o Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, com o objetivo de dar atenção especial às práticas religiosas que sofrem preconceito no Brasil e impor punições drásticas às fontes do preconceito. De acordo com o jornal O Globo, pais e mães-de-santo assim como líderes presbiterianos e católicos participaram do evento.

O babalaô Ivanir dos Santos, sacerdote da tradição iorubá, saiu do encontro satisfeito.
— Foi muito bom. Saímos com a certeza de que o presidente vai elaborar um plano de combate à intolerância religiosa e um projeto de lei para ser enviado ao Congresso, em parceria com esse fórum de religiosos e reunindo os ministérios da Justiça, da Igualdade Racial, das Comunicações e a Casa Civil.
Inclusividade: impondo igualdade entre Cristianismo e as religiões afro-brasileirasEm nome da CNBB, Dom Antônio Duarte, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, manifestou o apoio da Igreja Católica aos pais e mães-de-santo na luta para eliminar o estigma que envolve as religiões afro-brasileiras:
— Todos reafirmamos nosso apoio à reivindicação, porque a diversidade e a riqueza religiosa é um fato incontestável.

Tal "diversidade e riqueza religiosa" estão bem ao gosto de Lula. Embora se considere católico, em visita à África antes da eleição presidencial em 2006, Lula teve uma forte experiência espiritual em Benin, país que é berço do vudu.
Ao som de tambores africanos, de acordo com o jornal O Globo, Lula "passou a tarde toda sendo reverenciado com orações e danças feitas por feiticeiros vudus, líderes tribais e pelos descendentes de escravos brasileiros que formam uma espécie de colônia em Ouidá, nos arredores de Cotonou, capital do paupérrimo Benin".
Os feiticeiros garantiram que Lula ganhou em Benin três fortes espíritos para o "ajudarem".
Quem é que pode saber agora que tipo de "ajuda" e inspiração esses e outros espíritos andam dando a Lula? Tudo o que se sabe é que a meta do governo dele agora é impor a igualdade dos valores cristãos e os valores ocultistas.
Para onde as leis anti-discriminação levarão o Brasil?Contudo, sua política de combate à intolerância religiosa provocará dois grandes prejuízos.

1. O Estado imporá uma igualdade artificial, pois não há igualdade real nenhuma entre Jesus Cristo e os falsos deuses do candomblé, umbanda e outras religiões afro-brasileiras. Além disso, a maioria do povo brasileiro é católico, religião que oficialmente não aceita a bruxaria.

2. Cristãos ex-pais-de-santo que derem testemunhos de sua vida anterior nas religiões afro-brasileiras poderão ser incriminados meramente por expressarem suas opiniões bíblicas sobre essas religiões.

O Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa é semelhante ao Programa Brasil Sem Homofobia. Na questão homossexual, o governo vem mostrando sua disposição de transformar em crime até mesmo opiniões e expressões contrárias ao homossexualismo. Em sua política de combate à intolerância religiosa, o governo fará o que em favor das religiões afro-brasileiras?
A pobreza imensa que Lula testemunhou em Benin não é fruto de algum preconceito racial da natureza contra aquele povo. As tradições de Benin estão profundamente enraizadas em práticas que o Cristianismo classifica como bruxaria. O vudu, que teve origem em Benin, não traz amor, paz, vida e prosperidade a seus praticantes. Benin é testemunha disso.

A aceitação da bruxaria leva inevitavelmente uma nação à pobreza e destruição. O Haiti é exemplo disso. Mas os valores do Cristianismo engrandecem um país. O passado glorioso recente da Inglaterra e dos EUA são testemunhas disso.

Colaboracionismo cristão?Logo depois da reunião no Rio de Janeiro, o pastor presbiteriano Marco Amaral destacou sua presença como representante de "milhões de evangélicos", dizendo:
— Não queremos apenas tolerância, que pressupõe alguma intolerância. Queremos que haja respeito. O cristianismo dialoga, é inclusivo.

A opinião pessoal de Amaral, porém, contrasta fortemente com a tradição cristã e judaica, que não ensina nem tolerância nem inclusividade com relação a práticas ocultistas. A Bíblia diz:
"Não deixem que no meio do povo haja adivinhos ou pessoas que tiram sortes; não tolerem feiticeiros, nem quem faz despachos, nem os que invocam os espíritos dos mortos. O SENHOR Deus detesta os que praticam essas coisas nojentas." (Deuteronômio 18:10-12 NTLH)
Essa passagem bíblica, que é normativa para cristãos e judeus praticantes, está em oposição às intenções do governo Lula, que não só deseja tratar como cultura dos afro-descendentes as práticas religiosas vindas da África (como candomblé, vudu, etc.), mas também colocá-las no mesmo nível de importância com o Cristianismo.

Como medida inicial, o Plano de Combate à Intolerância Religiosa afetará diretamente a educação, pois estabelece a aplicação imediata da Lei 10.693, sancionada por Lula em 2003, que obriga as escolas públicas e particulares a ensinar História da África e Cultura Afro-Brasileira. O plano também inclui a ação das delegacias de todo o Brasil para combater a intolerância religiosa.
Lula escolheu o Rio de Janeiro onde anunciar seu plano porque o Rio tem duas características:

1. Transformou em feriado oficial o dia 20 de novembro como Dia da Consciência Negra.

2. Tem aplicado com rigor a Lei 7716/89, a chamada Lei Caó, que estabelece a igualdade racial e o crime de intolerância religiosa.

Além disso, o Rio procura ser pioneiro na criminalização do "racismo religioso", promovendo campanhas e eventos nessa direção. O evento mais recente é o "III Fórum criminal racismo é crime!", em que serão abordados os temas da intolerância religiosa, racial e homofobia. O evento, de 26 a 28 de novembro na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, terá a participação do babalaô Ivanir dos Santos, membro da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa, e terá o apoio do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro e do Instituto Palmares de Direitos Humanos.

Promovendo o relativismo religiosoA proteção especial à "cultura" afro-descendente é apenas parte de um pacote que envolve também a proteção de práticas que o Cristianismo histórico considera feitiçaria. É a velha estratégia socialista de provocar luta de classes. Nesse caso, é a luta de classes levada ao nível religioso, onde o próprio governo dará favorecimentos a uma cultura religiosa em nome do combate ao preconceito. Apesar disso, alguns cristãos parecem realmente acreditar nas boas intenções do governo.

Fenômeno semelhante vem ocorrendo na defesa estatal ao estabelecimento de leis para proteger os homossexuais do Brasil contra o que parece ser, a julgar pelo modo paranóico com que a mídia liberal trata, um "holocausto" homossexual, ou "homocausto".

No entanto, a aprovação de leis para dar proteção especial aos homossexuais é apenas parte de um pacote que envolve censura bizarra e a eliminação do direito de expressão dos cristãos. Na mentalidade estatal sob possessão socialista, a dignidade e o valor do homossexualismo são mais importantes do que o direito de dar opiniões.

Apesar disso, alguns cristãos, super-convictos de que Lula e o socialismo têm boas intenções para o Brasil, vendem-se às loucuras politicamente corretas do governo. Embora o Vaticano condene de forma categórica a agenda gay, o Padre Luiz Couto, que é deputado federal do PT, aprovou novas medidas para fortalecer o programa federal Brasil Sem Homofobia e defendeu o investimento de 10 milhões de reais do bolso do trabalhador brasileiro para essa finalidade.

Dessa forma, usando a velha tática socialista do engano, o governo Lula atrai o apoio de evangélicos e católicos para políticas e programas de promoção do relativismo religioso e sexual. No final, essas políticas acabarão demonstrando ser uma grande emboscada para os cristãos, pois ao impor ampla aplicação nacional da Lei Caó, o governo Lula legitimará a perseguição religiosa em nome da tolerância religiosa.

As ameaças dessa lei de igualdade racial são tão grandes que os próprios ativistas homossexuais querem pegar carona nela para poderem oficialmente perseguir os opositores da agenda gay. O PLC 122, que é visto por muitos como armadilha contra os cristãos, nada mais é do que um tentativa de incluir na Lei Caó o "crime" de preconceito contra a orientação sexual.

Poucos, porém, enxergam essas ameaças. Num evento contra o PLC 122 em agosto de 2007 no Rio, ouvi o Dep. Bispo Manoel Ferreira e o Senador Marcelo Crivella dizerem que, embora sejam contra o PLC 122, eles aprovarão todas as leis anti-preconceito. Como aliados do governo, eles têm de fazer isso, mas nesse evento declarei pessoalmente ao Senador Crivella: "Os cristãos que aprovam tais leis estão cavando a própria sepultura".

Cristãos na contramão do Estado-deus-pagãoDe que forma o combate à intolerância religiosa fomentado pelo governo Lula poderá implicar em prejuízos para evangélicos e católicos?

Dois exemplos reais dão amostra do que está por vir:
No Rio, o pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Trabalhadores da Última Hora fez o que o governo, apesar de toda a carga de impostos que cobra, não faz: reabilitar um criminoso. O Pr. Isaías da Silva Andrade recebeu em sua igreja Rodrigo Carvalho Cruz, conhecido como "Tico", acusado como autor de roubo e a morte do turista italiano George Morassi, em novembro de 2007. Ali, Tico recebeu o Evangelho e aceitou Jesus.
Em seguida, o pastor aconselhou o criminoso arrependido a se entregar para a polícia. Na delegacia, o pastor, inocentemente, relatou: "Tico estava possuído por uma legião de demônios, como o Exu Caveira e o Zé Pilintra. Fizemos uma libertação nele e o convencemos a se entregar hoje". Por causa dessa declaração, o pastor, que é afro-descendente, caiu vítima da Lei Caó, sendo denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por prática de preconceito religioso contra as entidades do candomblé.

Fazendo aplicação do artigo 20 da Lei Caó, a promotora Márcia Teixeira Velasco fez questão de ser a autora da denúncia contra o pastor afro-descendente, expressando a opinião de que o candomblé e seus praticantes "foram atingidos diretamente com a declaração racista e discriminatória, eis que o denunciado vilipendiou entidades espirituais da matriz africana, com a espúria finalidade de proteção de autor de nefasto crime".

O caso, que está sendo acompanhado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, onde o babalaô Ivanir dos Santos é membro, é o primeiro onde um pastor é denunciado criminalmente por "discriminar" religiões afro-brasileiras como o candomblé. Se condenado, o pastor pode pegar de dois a cinco anos de cadeia.

Outro caso surpreendente envolveu o Pe. Jonas Abib, autor do livro, "Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação", que adverte os leitores contra os perigos do ocultismo, inclusive as religiões afro-brasileiras. De acordo com o site do Pe. Abib, o livro já teve 81 reimpressões e vendeu mais de 400 mil exemplares. O site também diz:
"Pe. Jonas, assim como Paulo, ousadamente denuncia as obras das trevas, levando o leitor a se conscientizar sobre o controle da mente, a ioga, a astrologia, a magia e a evocação dos mortos, revelando a verdade sobre as obras das trevas, com as quais é preciso romper urgentemente".
Contudo, autoridades baianas confiscaram todos os livros do padre no estado da Bahia. O promotor público Almiro Sena acusou Abib de "fazer declarações falsas e discriminatórias sobre o espiritismo e sobre as religiões da África, como a umbanda e o candomblé, assim como incitação flagrante à destruição e desrespeito a seus objetos de culto".

Ele acrescentou que a violação é mais grave porque "a Constituição estadual [da Bahia] diz que é obrigação do Estado preservar e garantir a integridade, respeitabilidade e permanência dos valores das religiões afro-brasileiras".

O Pr. Isaías da Silva Andrade e o Pe. Jonas Abib nada mais fizeram do que conscientizar e ajudar pessoas debaixo da opressão e engano de práticas ocultistas.
Deve o destino de Benin ser imposto ao Brasil?Numa época em que o Estado procura se distanciar tanto dos valores cristãos, é de estranhar sua aproximação aos valores ocultistas. Onde está a tão proclamada separação de Estado e religião?

O preço do combate estatal à intolerância religiosa é a satanização das leis, onde o Estado sob possessão socialista sacralizará o que não é sagrado, trazendo como conseqüência direta a demonização do Cristianismo e seus valores, e a censura e perseguição aos cristãos.
Vale a pena abrir o Brasil ainda mais aos mesmos tipos de espíritos que Lula conheceu e recebeu em Benin? Vale a pena colocar as práticas ocultistas de Benin e outros lugares da África no mesmo nível de importância dos valores cristãos?

Benin prova não só a colossal miséria que essas práticas geram, mas também que uma nação inteira pode ser enganada e amaldiçoada. No que depender de Lula e dos espíritos que ele trouxe de Benin, dias difíceis estão para vir ao Brasil.
Que Deus possa livrar o Brasil de políticos e legisladores que querem impor o destino de Benin aos brasileiros.

Por Júlio Severo

Fonte: www.juliosevero.com

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