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12 de out. de 2011

Justiça iraniana teria levantado falsas acusações contra pastor condenado

Justiça iraniana teria levantado falsas acusações contra pastor condenado

Sentença por abandonar o islã alarma cristãos do mundo inteiro

Bob Unruh (WND)
As autoridades iranianas voltaram atrás nas acusações que fizeram durante meses, de que o pastor estaria sendo condenado por deixar o islã e, por esse motivo, sujeito a pena de morte. Mas seus defensores continuam preocupados com a integridade do pastor.
Youcef Nadarkhani
Em reportagem do WND há vários dias, uma campanha estava sendo organizada para pedir à Casa Branca que pressionasse o Irã a não executar o pastor cristão Youcef Nadarkhani.
Até o momento, dezenas de milhares de pessoas participaram de manifestações públicas pela proteção de Nadarkhani.
E no último dia 6, de acordo com reportagem no International Business times, as autoridades iranianas , sem qualquer aviso, decidiram que Nadarkhani estava preso sob outras acusações, e que “Não havia ordem de execução, pois não havia sentença emitida”.
O recuo havia sido atribuído pelo International Business Times a Mohammad-Javad Hesehmati, chefe do judiciário na província de Gilan.
Nadarkhani foi preso e condenado por apostasia (rejeitar o islã) em 2009, crime suscetível a pena de morte no Irã.
Em uma carta enviada a Barack Obama, o embaixador iraniano das Nações Unidas, Mohammad Khazzaee, o comissário das Nações Unidas para os direitos humanos, membros do Congresso americano e o fundador e presidente do Instituto Rutherford, John Whitehead, afirma que está na hora do líder do mundo livre tomar a frente para salvar a vida de Nadarkhani.
“A voz do mundo livre é o presidente dos Estados Unidos. Em uma situação como essa, o presidente precisa fazer uma declaração", afirma Khazzaee.
De acordo com o Christian Solidarity Wordwide, que esteve buscando apoio para o pastor, “Informações não confirmadas indicam que o destino do pastor pode estar nas mãos do líder religioso local, o aiatolá Ghorbani".
“Após uma manifestação a favor do pastor Nadarkhani organizada pelo Christian Solidarity Worldwide, o embaixador do Irã em Londres emitiu uma declaração de que os temores de uma sentença de morte eram ‘incomprovadas’. No entanto, em uma situação preocupante, começou-se a espalhar desinformação nos últimos dias envolvendo as acusações contra o pastor. Há alegações de que ele havia sido condenado por estupro e acusações de que ele é um sionista ‘trabalhando contra a ordem islâmica’. Fontes próximas ao caso expressaram receio de que as autoridades iranianas estejam movendo esforços para formular acusações falsas com o intuito de justificar a sentença”, diz a reportagem do CSW.
“O CSW está em posse de documentos originais do processo, que afirmam claramente que a acusação é de apostasia, e que a sentença de morte foi defendida pela Suprema Corte” afirma o diretor executivo da CSW, Mervyn thomas.
“A tentativa do Irã de inventar novas acusações contra o pastor Nadarkhani a essa altura só vai gerar uma repercussão negativa para o regime, e servirá apenas para sujar a reputação do sistema legal iraniano, gerando questionamentos a respeito da independência do judiciário", afirma Thomas.
A organização afirma que suas fontes no Irã ”negaram veementemente os relatos de que havia uma anulação verbal da sentença de morte”.
“Fazemos um apelo a todos para que não tirem conclusões até que um veredito formal seja emitido pelo tribunal na próxima semana. Enquanto isso, precisamos manter a pressão ao regime iraniano para prevenir sua execução”, afirma o grupo.
A prisão de Nadarkhani aconteceu depois que ele protestou contra a decisão do governo de ensinar o islã a crianças cristãs. Os filhos de Nadarkhani também estariam sujeitas à instrução islâmica.
Reportagens da Assyrian International News Agency afirmam que Nadarkhani nunca foi muçulmano em sua vida adulta, e que se recusou a renunciar sua fé cristã.
Ainda de acordo com a AINA, o tribunal exigiu pela quarta vez que o pastor renunciasse sua fé cristã.
“Quando o ordenaram que se arrependesse, Nadarkhani disse: ‘Arrepender-se significa voltar atrás. Para onde eu voltaria? Para a blasfêmia que eu tinha antes da minha fé em Cristo?’
‘Para a religião dos nossos antepassados, o islã’, respondeu o juiz, de acordo com o American Center for Law & Justice.
‘Não posso’, disse Nadarkhani”.
Whitehead afirma que Nadarkhani tem direito às mesmas proteções legais que a lei iraniana supostamente garante a todos os seus cidadãos.
“Ele não matou ninguém. Nadarkhani só quer que seus filhos tenham autonomia religiosa. A constituição iraniana dá liberdade religiosa ao seu povo", afirma Whitehead.
Ele acrescentou que todos os americanos e ocidentais devem manifestar repúdio.
“É nosso dever nos manifestarmos. Como cristão, estou horrorizado, mas como um americano eu fico horrorizado que nosso governo mantenha silêncio enquanto esse tipo de coisa acontece”.
“Estou horrorizado que não haja mais igrejas ou organizações cristãs se manifestando. Por que estamos em silêncio? Por que a Anistia Internacional não está reclamando? Por que o Instituto Rutherford está sozinho nessa?”
Traduzido por Luis Gustavo Gentil

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