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14 de jul. de 2008

Que conseqüências sociais e políticas recentes podem ser atribuídas à crença evolucionista?

Que conseqüências sociais e políticas recentes podem ser atribuídas à crença evolucionista?

O filósofo Will Durant notou certa vez: "Ao oferecer a evolução em lugar de Deus como uma causa da história, Darwin removeu a base teológica do código moral da cristandade. No entanto, o código moral que não teme a Deus é bastante frágil. Essa é a condição em que nos encontramos. Não penso que o homem já seja capaz de lidar com a ordem social e a decência individual sem temer algum ser sobrenatural que tenha autoridade sobre ele e possa castigá-lo".[1] Podemos confirmar em toda parte que a declaração de Durant estava correta.

Num Universo que, em última análise, não tem razão de ser, o que acontece com a ética individual e social? Por que os mais poderosos e inteligentes entre nós não devem manipular os menos inteligentes e menos poderosos para os propósitos que consideram "bons" e "respeitáveis"?

O século XX está repleto de exemplos. Os últimos 80 anos testemunharam alguns dos maiores horrores de toda a história da humanidade – principalmente o resultado das atrocidades nazistas e comunistas. A Alemanha nazista foi hedionda e o comunismo foi responsável pela morte de aproximadamente 25 vezes mais pessoas que as sacrificadas por Hitler![2]

Essas ideologias, porém, continuam ainda vivas. Na Alemanha de hoje, o neonazismo se tornou uma poderosa força social e o neofacismo está crescendo na Itália – quase inconcebivelmente, sob a liderança da própria neta de Mussolini. Apesar do colapso do comunismo na Europa e na Rússia, a teoria marxista continua dominando mais de um bilhão de pessoas na China e em outros países. Ninguém pode ter também certeza de que a Rússia e a Europa Oriental vão continuar seu movimento em direção à democracia.

O que tudo isso tem a ver com a evolução naturalista? A evolução está baseada na premissa de que o tempo mais a matéria impessoal mais o acaso formaram todos os seres vivos. Em essência, o homem se torna algo como um acidente trágico, não tendo valor final, girando a velocidades vertiginosas através dos corredores sombrios do espaço.

Visões filosóficas moldadas por pensamentos desse tipo podem, entretanto, encontrar facilmente expressão lógica na vida diária de milhares de indivíduos. Isso foi reconhecido por Sedgwick, um geólogo de Cambridge e conhecido de Darwin, que achou que Darwin havia mostrado a cada criminoso como justificar seu comportamento. Ele também cria que se os ensinos de Darwin tivessem larga aceitação, a humanidade "iria ser prejudicada a ponto de brutalizar-se e fazer a raça humana mergulhar num grau maior de degradação do que qualquer outro em que tivesse caído desde que os seus registros escritos nos contam a sua história".[3]

Um dos maiores evolucionistas de épocas recentes foi o antropólogo Sir Arthur Keith. Ele dedicou mais tempo ao estudo da ética evolucionista do que talvez qualquer de seus contemporâneos. A sua obra Evolution and Ethics (Evolução e Ética) mostra que a ética ensinada pelo cristianismo e a da evolução não são compatíveis: "O ensinamento cristão está... em oposição direta à lei da evolução" e, "a ética cristã não se harmoniza com a natureza humana e é secretamente antagônica ao esquema de evolução e ética da natureza".[4]

Keith também compreendeu que, se seguirmos a ética evolucionista até a sua conclusão estrita e lógica, devemos "abandonar a esperança de alcançar um dia um sistema universal de ética" porque, "como acabamos de ver, os caminhos da evolução nacional, tanto no passado como no presente, são cruéis, brutais, implacáveis, impiedosos".[5]

De fato, quando examinamos a influência social e política da teoria darwiniana sobre a última metade do século dezenove e todo o século vinte, as conseqüências morais são algumas vezes amedrontadoras. O próprio Keith observa o gélido impacto da teoria de Darwin sobre a Alemanha:

Vemos Hitler supremamente convencido de que só a evolução produz uma base verdadeira para a política nacional... Os meios adotados por ele para assegurar o destino da sua raça e do povo foram matanças organizadas, que saturaram a Europa de sangue... Tal conduta é altamente imoral quando medida por qualquer escala de ética, todavia a Alemanha a justifica; ela está de acordo com a moral tribal ou evolucionista. A Alemanha voltou ao passado tribal e está demonstrando ao mundo, em toda a sua nudez, os métodos da evolução...[6]

Na Alemanha, Hitler viu na teoria evolucionista a justificação "científica" de seus pontos de vista pessoais. "Não há dúvidas de que a evolução foi a base de todo o pensamento nazista, desde o início até o fim. Todavia, é de fato um fenômeno notável que tão poucos tivessem se apercebido disso até hoje".[7]

Uma forma de darwinismo foi também utilizada efetivamente na propagação da ideologia comunista. Karl Marx "sentiu que sua obra era um paralelo exato da de Darwin" e ficou tão grato que quis dedicar uma parte do livro Das Kapital (O Capital) a Darwin, que declinou a honra.[8]

Marx escreveu a Engels com respeito a A Origem das Espécies, dizendo que o livro "contém na história natural a base para as nossas opiniões da [história humana]".[9] Em 1861, ele também escreveu: "O livro de Darwin é muito importante e me serve como base na seleção natural para a luta de classes na história..."[10]

O Dr. A. E. Wilder-Smith comenta: "A propaganda política e anti-religiosa publicada desde os dias de Marx está eivada do darwinismo mais primitivo", observando que "ela brutaliza aqueles a quem domina".[11]

A filosofia de Marx, como a de Hitler, refletia a brutalidade da natureza. Ele se referia ao "desarmamento da burguesia... terror revolucionário... e criação de um exército revolucionário..." Além disso, o governo revolucionário não teria "nem tempo nem oportunidade para a compaixão e o remorso. Seu intento era aterrorizar os oponentes até a sua submissão. Ele deve desarmar o antagonismo mediante execução, prisão, trabalho forçado, controle da imprensa..."[12]

Em vista do impacto de Hitler, Marx e seus associados, e a ligação demonstrável de suas filosofias desumanas com o ateísmo evolucionista, os comentários do filósofo histórico John Koster são pertinentes:

Muitos nomes foram citados além dos de Hitler para explicar o Holocausto.

De modo estranho, o de Charles Darwin quase nunca se encontra entre eles. Todavia... as idéias de Darwin e de Huxley quanto ao lugar do homem no Universo prepararam o caminho para o Holocausto... Hitler e Stalin assassinaram mais vítimas inocentes do que as que morreram em todas as guerras religiosas na história da humanidade. Eles não assassinaram essas vítimas enganados pela idéia de salvar as suas almas ou punir os seus pecados, mas por serem competidores na questão do alimento e obstáculos ao "progresso evolutivo". Muitos humanitários, cristãos, judeus, ou agnósticos compreenderam a relação entre as idéias de Nietzsche e as equipes de assassinato em massa e os crematórios de Hitler. Poucos, porém, voltaram um passo atrás fazendo a ligação com Darwin, o "cientista" que inspirou diretamente a teoria do super-homem de Nietzsche e o corolário nazista de que alguns indivíduos são subumanos. A evidência estava toda ali – o termo neodarwinismo foi usado abertamente para descrever as teorias raciais nazistas. A expressão "seleção natural", como aplicada a seres humanos, foi encontrada na Conferência de Wannsee no principal documento do Holocausto...

Podemos ver os eventos na Alemanha de Hitler e na Rússia de Stalin como uma coleção sem sentido de atrocidades que tiveram lugar porque os alemães e os russos são pessoas perversas, nada parecidas conosco. Ou podemos compreender que a imposição das teorias de Huxley e Darwin, de que a-vida-é-patológica, de depressão clínica disfarçada em ciência, desempenhou um papel crítico na era das atrocidades. E que isso nos sirva de aviso. As pessoas têm de aprender a deixar de pensar em seus semelhantes como se fossem máquinas e aprender a pensar neles como homens e mulheres possuidores de uma alma..."[13]

(John Ankerberg e John Weldon - http://www.chamada.com.br)

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei muito interessante seu texto sobre a Teoria Evolucionista.

Não sou religioso e não pretendo ser; não acredito em religião alguma, em seus ritos, seus dogmas, seus livros ditos sagrados e nem tão pouco nos auto-denominados "servos" que dizem trazer a palavra de Deus.

Só creio em Deus, em sua presença constante em meu coração e em minha mente.

Para mim, a evolução é a grande obra chave de Deus: sua obra está em movimento infinito, a cada instante.

A chave desta evolução é única: quando Deus terminou sua obra no sexto dia, não permitiu sua estagnação ... portanto ela se movimenta constantemente..

Evoluir não é uma doença. A Evolução não erradica a fé em Deus, pois a fé brota da alma e não da carne. A ética não advém da carne, mas da alma.

Cada era possue um ética diferenciada, não percebeu?

Se visualizar, hoje estamos muito mais civilizados que no tempo de Cristo. A violência que temos hoje, não se compara com a violência daquela época!

E assim caminhamos: (i) errar e aprender; (ii) acertar e aprender também; (iii) melhorar aquilo que é certo e não simplesmente usá-lo sempre; (iv) e, principalmente, questionar: quando deu certo, o que era favorável e o que não era naquele momento/época?

Tudo a nossa volta muda!

Veja a própria natureza: seu código interno a faz mudar. Mesmo que o homem não tive poluído o planeta e nos levado a situação que estamos hoje (infelizmente!), esta situação chegaria a nós de qualquer forma: apenas antecipamos (e infelizmente mesmo!!!) alguns milênios, muito possivelmente.

Negar a evolução é negar a obra divina... Até Cristo veio a nós para dizer que Deus não era mais violência, guerra, morte, ou mesmo o único deus dos judeus - Deus é amor, paz, e o Deus de todos os seres humanos e criaturas.

Acrdito que Cristo esteve entre nós em um momento que necessitava de uma nova mudança; uma nova evolução - todos lêem o Antigo Testamento e passam por trechos que fecham os olhos ou simplementes aceitam como sendo uma "dádiva divia matar milhares de seres humanos por onde quer que as tribos de Israel passaram até chegar à Terra Santa!"...

É vergonhoso ver que um livro que fala sobre Deus traz tantas permissões para matar seu semelhante e ainda diz como fazer com homens, mulheres e crianças - quais morrem e quais não morrem, quais serão escravas e quais não serão...

Não me parece a palavra de um Deus de amor, que Cristo veio trazer...

Enfim: Deus também evoluiu? Ou foi o homem que evoluiu e enxergou Deus de um novo modo?

Já pensou o quanto Cristo pode ter parecido "evolucionista" demais para aquela época, quando falou que Deus não é castigo, ou guerra, ou morte, ou apedrejamento?

Um grande abraço.

Jorge Nilson disse...

Ao Cesar pereira

No amor de Cristo

Achei muito interessante o seu comentário. Demonstra dominar o assunto em pauta porém, vejo que tens ótica em relação a Deus puramente “religiosa”. Se pensarmos em Deus somente no que as religiões produziram sobre a fé em Deus todos nós ficaremos descrentes. Porém, se olharmos na visão espiritual, santa e amorosa, divinamente falando, veremos que mesmo nos erros das religiões a fé foi propagada. Imaginemos um mundo sem fé. Um mundo sem Deus. Um mundo sem leis. Um mundo sem pregadores do bem. Talvez não existiríamos nem para falarmos sobre esse assunto.
A sua crença em Deus é o primeiro passo para a espiritualidade. A sua crença na existência da alma abre portas para a sua salvação em Cristo. Pois esta alma precisa de salvação.
A evolução cientifica de Darwin nunca foi provada cientificamente. Até ele mesmo desistiu de tudo aquilo. Quanto a evolução divina existe, no sentido de preparação para o reino eterno de Cristo sobre todo o mundo. Procure ler sobre o plano Divino da Salvação e entenderás sobre esse assunto.
Quando você fala sobre cada época tem sua ética diferenciada, eu concordo plenamente. Porém, erra ao não relacionar ao mundo espiritual e a atuação divina em cada época.
Se existe a evolução, por que então o homem esta destruindo- se a cada ano? Onde está essa evolução humana?
A violência, guerra, mortes citadas no Antigo Testamento, são conseqüências da desobediência aos mandamentos de Deus. Ora, se os homens têm leis por que Deus não? Israel era no passado, o instrumento de Deus contra as nações pecadoras. Até o próprio Israel foi também alvo da purificação divina através dos males.
Não existe vergonha na Bíblia quando relata as ordens divinas quanto a destruição dos ímpios; existe uma revelação como aviso as gerações futuras. O AMOR de Deus não esconde a sua JUSTIÇA. TAIS NAÇÕES FAZIAM bem pior com os seus inimigos. Deus estava retribuindo o mal que eles haviam praticado. Com quem espada fere, importa que com espada seja ferido. Quando havia arrependimento (como Nínive), havia perdão e benção. Cristo veio sim pregar não só o amor de Deus veio também pregar a sua justiça. Ele próprio disse que não veio trazer só a paz, porém espada. Um abraço.