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Madri, 09 ago (RV) - Atualmente 350 milhões de cristãos no mundo sofrem por causa da sua fé. Perseguidos, hostilizados ou obrigados a viver em condições difíceis. Existem mártires nestes tempos em que se fala de liberdade e direitos. Existem o silêncio e o abandono dessas realidades, inclusive o desconhecimento por parte daqueles que partilham a mesma fé.
Como é possível que apesar de toda a dor e sofrimento estes cristãos continuem a acreditar? Por que continuam a lutar para praticar a sua fé com liberdade? Por que querem permanecer no seu país?
Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está preparando para a Jornada Mundial da Juventude, junto à Paróquia dos Jerônimos, uma exposição surpreendente e cheia de emoção: ‘Cristãos perseguidos hoje’.
“Nesta atividade para a JMJ pretendemos mostrar aos jovens não a cara negativa e triste da Igreja perseguida, mas pelo contrário, que é na cruz que melhor se vive a fé e mais próximo está Cristo… Não é uma Igreja triste, pelo contrário, é uma Igreja alegre e com esperança!”, conta Amparo Llobet, comissária da exposição.
“Para muitas pessoas continua a ser uma grande surpresa o fato de que, em muitos lugares, viver a fé um delito,. Ver o testemunho radical de pessoas que apesar de toda a hostilidade que sofrem, da violência, da discriminação, da aberração, das acusações, apesar de tudo querem continuar a viver no seu país, em sua casa, e querem continuar a ser cristãos, isso nos interpela muito. Pergunta-se: O que eu faria se vivesse como eles?”, explica Javier Fariñas, responsável de comunicação da AIS.
A exposição de Ajuda à Igreja que Sofre terá como tema central a reconciliação consigo mesmo e com a realidade que desconhecemos, e a cruz, que eles vivem com normalidade e nós vemos como heroicidade.
A iniciativa terá vários espaços: Haverá uma seção de fotografias sobre cristãos perseguidos junto com una série de painéis que narram a história de quinze mártires dos últimos cinquenta anos, e três situações concretas de perseguição: em Gojra (Paquistão), em Orissa (Índia) e em Tibhirine (Argélia), momentos de ataque à liberdade religiosa que transcenderam o silêncio e tiveram certa presença nos meios de comunicação.
Esta seção estará acompanhada de pequenos documentários sobre a Nigéria, China, Sudão, Cuba e Iraque, e de testemunhos de cristãos de Cuba, Iraque, Sudão e alguns convertidos que contarão quem são e o que fazem na sua vida quotidiana. Estas histórias não são de lamentação, mas de esperança.
Entre os testemunhos estará o do Padre Jorge Naranjo, sacerdote comboniano madrilenho de 37 anos que se sentiu chamado a anunciar o evangelho em zonas de maioria islâmica. Trabalhou em Port Sudan, Cartum e ultimamente em Omdurmán, três cidades do norte do Sudão.
Ajuda à Igreja que Sofre, dependente da Santa Sé, conta com 17 secretarias por todo o mundo, que recolhem fundos para ajudar mais de 5.000 projetos pastorais em 153 países cada ano: construir e reabilitar capelas e igrejas, oferecer subsistência para sacerdotes por meio de estipêndios de missas, formar seminaristas, religiosos e sacerdotes, ou procurar meios de locomoção para as dioceses necessitadas. (SP)
Fonte: Rádio Vaticano
Divulgação:www.jorgenilson.com
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